“O Deep Power que sustenta Moro e a Lava-jato”, por Roberto Malvezzi

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(foto: arquivo pessoal)

Como dizia Nelson Rodrigues, não vamos mais discutir o óbvio ululante. As transcrições das conversas de Moro e procuradores na Vaza-jato são claras como o sol do meio dia em Juazeiro da Bahia. Sabíamos, agora comprovadamente.

Porém, sempre surgem algumas novidades. Agora é o caso da Venezuela. Portanto, a Lava-jato se sentia autorizada a derrubar governos. Essa ousadia, entretanto, assim como agir ao arrepio da lei dentro do Brasil por anos a fio, tem necessariamente que ser sustentada por um “Deep Power”. Há algo e alguém com mais poder que o Brasil para sustentar iniciativas de golpe de Estado tão claras e mesmo assim manter-se no poder.

Da Vaza-jato seria bom que viessem ainda algumas comprovações:

Primeiro, se há ainda mais algum ministro do Supremo “dos nossos”.

Segundo, algo que colocasse fora de dúvida a articulação com a Rede Globo e outros meios de comunicação, além do Faustão.

Terceiro, a articulação clara com o PSDB, ainda mais agora que ficou evidente que FHC deu pitacos até na questão da Venezuela para os procuradores. Aliás, a Lava-jato, além de condenar os inimigos, poupou todos os amigos.

Quarto, algum zap ou áudio que comprove a articulação de Moro com o TRF-4 para confirmar e aumentar a pena de um dos condenados por ele. Nesse caso, também alguma mensagem que comprovasse as articulações de Moro com a juíza Gabriela Hardt para o caso do sítio de Atibaia.

Quinto, embora o apoio seja explícito, alguma mensagem de acerto entre Moro ou alguém da Lava-jato com os militares.

Por fim, as articulações internacionais, de forma comprovada, além daquela fala do Dallagnol “com os americanos”.

Não precisamos mais das confirmações jurídicas, nem políticas. Há um Deep Power que sustenta Moro e a Lava-jato e, quem sabe, os vazamentos mostrem sua cara.

Roberto Malvezzi (Gogó), graduado em Estudos Sociais e em Filosofia pela Faculdade Salesiana de Filosofia, Ciências e Letras de Lorena (SP) e graduado em Teologia pelo Instituto Teológico de São Paulo

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