Moradores de Juazeiro voltam a reclamar das fuligens; Agrovale se manifesta

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(foto: arquivo pessoal)

O PNB recebeu, ao longo dos últimos dias, diversas reclamações de moradores de Juazeiro, norte da Bahia, em relação às fuligens. Os resíduos da queima da cana-de-açúcar costumam ser vistos em grande parte dos bairros do município baiano, e é um problema antigo enfrentado pela comunidade.

O processo de queima do material começou em meados de maio, porém os moradores relatam que nas últimas semanas, as fuligens estão chegando às casas em maior quantidade. Acordar de manhã, por exemplo, e se deparar com os resquícios da palha queimada na área de serviço ou até mesmo dentro de casa, seja na sala ou nos quartos, é uma reclamação constante da comunidade.

(foto: arquivo pessoal)

“Já virou rotina: todo dia preciso limpar a minha área de serviço por causa das fuligens. Até mesmo no meu quarto entra, quando durmo com a janela aberta”, disse a moradora Jéssica Duarte.

“Os donos precisam de dinheiro, os funcionários precisam de empregos, mas nós moradores de Juazeiro e Petrolina precisamos de saúde, vivemos doentes com problemas respiratórios e quem paga a conta por nós?”, ressaltou a senhora Valterli Gomes, que sofre com problemas de saúde e que reclamou da quantidade de resíduos nas últimas semanas.

Em nota, a Agrovale informou que todo o regramento jurídico/ambiental sobre o tema está sendo cumprido pela empresa e que vem realizando investimentos contínuos para a melhoria dos seus processos.

Leia na íntegra

Em resposta a solicitação deste veículo de comunicação, a AGROVALE comunica que cumpre todo o regramento jurídico/ambiental sobre o tema, minimizando os impactos, dialogando e acatando as sugestões, mesmo as não impositivas, dos órgãos de fiscalização do Estado.

A empresa informa ainda que vem realizando investimentos contínuos, visando a melhoria dos seus processos, com a adoção de medidas técnicas e de responsabilidade econômica, social e de sustentabilidade ambiental. Como resultado, é possível constatar a redução significativa da incidência da fuligem em comparação às ocorrências em anos anteriores.

A AGROVALE também acrescenta que no tocante à tecnologia de corte mecanizado disponível no mercado, esta não atende as características peculiares da agricultura 100% irrigada que a empresa pratica, sendo única no mundo em cana com alta densidade, acrescida das dificuldades de manejo do solo, o que tem dificultado as ações no intuito de atender em sua totalidade a erradicação da queima controlada.

Tais limitações tecnológicas estão sendo trabalhadas em parceria com consultorias especializadas, de forma planejada e responsável, com as adequações agronômicas necessárias.

Diretoria da Agrovale

Da Redação

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