Justiça decide sobre acusação de crime de injúria contra ex-secretário de governo de Juazeiro, após postagens ofensivas em rede social

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(foto: arquivo)

Augusto César Costa Justo e Cléber Souza de Jesus foram ouvidos pelo conciliador Jorge Thiago Leal Pereira Souza, do Juizado Especial Criminal da Comarca de Juazeiro, norte da Bahia, sobre a acusação de crime de injúria contra Clériston Andrade, ex-secretário de governo do município. A decisão foi proferida na última quarta-feira (16).

Em janeiro deste ano, os dois internautas fizeram postagens nas redes sociais, com ofensas e mensagens de ódio contra Andrade, que na época ainda o ocupava o cargo de secretário (relembre o caso abaixo).

Conforme o processo, na audiência preliminar, Cléber Jesus ofereceu proposta de retratação. Ele se comprometeu a veicular, por meio do perfil público no Facebook, um pedido de retratação a respeito do conteúdo de texto publicado na época. O conciliador determinou que na publicação, Cléber informasse que não possui provas das alegações contidas no texto compartilhado, e que não tinha intenção de ofender a honra de Clériston Andrade.

A publicação foi realizada na madrugada desta sexta-feira (18). “Por meio desta nota peço desculpas a Clériston Andrade, que se sentiu ofendido em razão do compartilhamento na minha timeline de texto escrito por terceiro, no dia 30 de janeiro. Na oportunidade, informo não possuir provas que sustentem as ilações levantadas pelo autor do texto.”, escreveu.

Já “Erry Justo” não ofereceu retratação ao afirmar que possui “outros meios para me manifestar”. Com isso, ele aceitou transação penal proposta pelo MP e terá que prestar serviços comunitários, pelo prazo de três meses, com carga horária de quatro horas semanais, em alguma instituição indicada pelo Central de Apoio e Acompanhamento às Penas e Medidas Alternativas (CEAPA) de Juazeiro.

O caso

No dia 31 de janeiro, o secretário de governo de Juazeiro, Clériston Andrade, prestou queixa na Delegacia de Juazeiro, contra duas pessoas por ofensa à honra e à imagem. De acordo com a denúncia, Cléber Jesus publicou mensagens acusando-o de intolerância religiosa, machismo e comparando-o com um ser “satânico, arbitrário e perverso”.

Já “Erry Justo”, também na mesma rede social, se referiu ao secretário como “babaca”, ameaçando-o implicitamente quando disse que começaria a torcer pela volta do DOI-CODI (órgãos de inteligência e repressão do governo brasileiro durante a ditadura militar, acusado de torturas durante o regime). Na postagem, Justo disse ainda que faria parte da “catança”, e registrando também que tem “asco de comunista” (em referência ao partido de Clériston, o PCdoB) (releia na íntegra).

Da Redação

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