Diretor do IML rechaça possibilidade de execução de miliciano por análise das fotos: “Absurdo”

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Na avaliação do diretor do Instituto Médico Legal Nina Rodrigues (IMLNR), Mário Câmara, não há possibilidade do miliciano Adriano da Nóbrega, morto no último domingo (9) pela polícia, ter sido executado. A possibilidade foi levantada após matéria da revista Veja, que entrevistou dois médicos legistas.

“Difícil de crer que legistas comentam esse tipo de erro. Uma fotografia que não se sabe se foi adulterada; isso é absurdo, não consta em literatura nenhuma”, reclamou, em entrevista à imprensa nesta sexta-feira (14), na sede do Departamento de Polícia Técnica.

Um dos questionamentos apontados pelos legistas ouvidos pela revista é sobre uma marca vermelha na região do peito, que indicaria um terceiro disparo, não apontado no resultado da necropsia divulgada pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA).

Segundo o diretor, que também estava acompanhado do perito responsável pelo exame, Alexandre Silva, a marca chama-se “equimose”, e pode ter sido causada por uma pancada.

“Não tem como aquilo ser um cano de arma, só se fosse uma bazuca. Tem que investigar a causa, a gente não especula”, rebateu.

Já sobre os outros dois tiros, no pescoço e tórax, os especialistas defenderam a tese do uso do fuzil, pelo tamanho das marcas. A teoria de curta-distância, também levantada pela revista, não faria sentido pelo uso da arma.

“Pistola não faz isso. Foi um projétil de alta energia”, garantiu. Segundo o diretor do IML, caso fosse um disparo de fuzil a curta distância, o estrago seria ainda maior.

BNews

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