Cordelista Mauro Ramalho vence concurso de cordel em homenagem a passagem da Tocha Olímpica por Sobradinho

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cordel

A Prefeitura de Sobradinho, através da Secretaria Municipal de Educação, realizou um concurso com o tema “Cordel para Tocha Olímpica Rio 2016″, envolvendo os poetas populares da cidade que criaram versos em homenagem ao símbolo olímpico. Participaram os cordelistas Mauro Ramalho, Toinho Braz, Pedroza, José Freitas e Ester Míriam.
O vencedor desta seleção foi o cordelista Mauro Ramalho, com o cordel: ” Velho Chico Reascende a Tocha”, que será apresentado amanhã (26) na culminância do Projeto Caatinga, que será desenvolvido pelos alunos da rede municipal durante o evento de revezamento da Tocha Olímpica em Sobradinho.
Mauro Ramalho é também o compositor do hino de Sobradinho.
O corpo de jurados, formado pelo músico Caul Sena, Joelton Morais (Secretaria Municipal de Turismo, Cultura e Esporte) e a Professora Joselita Campos, escolheram o cordel “Velho Chico Reascende a Tocha”, por retratar muito bem o momento que a cidade viverá, contextualizando com o rio São Francisco e sua importância cultural e econômica.
“Foi uma escolha difícil. Todos os cordelistas retrataram muito bem o sentimento de Sobradinho com a passagem da Tocha Olímpica. O concurso quis despertar esse sentimento de pertencimento e envolver a cultura popular. Todos estão de parabéns”, declarou Caul Sena.

O Cordel vencedor, ” Velho Chico Reascende a Tocha” por Mauro Rocha

“Conduzida com carinho

A Tocha, de mão em mão,

Adentra pelo Sertão,

Vem vislumbrar Sobradinho;

Escuta do ribeirinho

Que existe uma afinidade

Entre ela e a cidade

E o “Velho Chico” querido,

Rio também conhecido

Da nacional unidade!

Ela chega incandescendo

As bordas do grande lago,

Recebendo nosso afago

E, aos poucos, nos conhecendo;

Depois seguirá sabendo

Das eólicas campestres,

Ricas inscrições rupestres

E a mais linda das barragens,

As lendárias personagens

Das águas, também, terrestres!

Em seu ato derradeiro

Talvez que suba ao Olimpo

Pra falar de um povo limpo,

Pacífico, hospitaleiro,

Do poeta, do vaqueiro,

Do anônimo do atleta,

De uma cultura dileta

Pautada na humildade,

Paz, justiça e liberdade,

Em que, a gente se completa!

Vem, gerando expectativa,

Passa levando esperança,

Ao longo do Vale, avança,

Com singular comitiva.

Que a fé se mantenha viva

E que o amor se propague,

Que a soberba não esmague

Um mundo que está em xeque,

Que este rio jamais seque

E esta chama não se apague!”

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