Delegada com experiência em crimes considerados “insolúveis” assume caso Beatriz Mota

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Em coletiva que aconteceu hoje (9) em Recife (PE), o Chefe da Polícia Civil, Delegado Antônio Barros anunciou que a Delegada Gleide Ângelo assumirá as investigações do assassinato da menina Beatriz Angélica Mota. Amanhã(10) completa um ano do brutal assassinato, ocorrido durante uma festa no Colégio Maria Auxiliador, em Petrolina(PE).
As investigações vinham sendo comandadas pelo Delegado Marceone Ferreira, que na última coletiva à imprensa informou que ouviu 200 pessoas no inquérito, realizou 130 perícias e chegou a montar um retrato falado do suspeito. Gleide Ângelo trabalhará ao lado do Delegado Alfredo Jorge, na tentativa de fazerem uma força-tarefa para solucionar o crime.
O Delegado Marceone Ferreira continua no caso, integrando a nova equipe. Ele enviou o inquérito para o Ministério Público e tão logo retorne para a polícia civil, a nova equipe iniciará o trabalho.
O Portal Preto No Branco conversou com o Promotor Julio Cesar que integra uma força tarefa do MP, em Petrolina, também formada para trabalhar no caso. Ele não deu detalhes sobre as investigações, mas adiantou que estão sendo feitas várias diligências ” Faço parte do grupo de trabalho e por isso nossas decisões são colegiadas, partindo de um consenso entre todos os outros integrantes. Estamos com algumas diligências para a próxima semana e por isso decidimos que só nos pronunciaremos após tais diligências. Não nos pautamos pelo lapso temporal decorrido, mas sim pela esperança de que o trabalho desenvolvido possa lograr êxito em punir o(s) verdadeiro(s) culpados. O assunto é bastante sensível e a maioria das pessoas o tratam com sentimentos exacerbados, necessitamos manter a prudência e o bom senso”, ressaltou o Promotor.

Quem é Gleide Ângelo?
Gleide Ângelo é pernambucana, graduada em administração e direito, 49 anos, mãe de 2 filhos e conhecida no meio policial por desvendar casos de homicídio de grande repercussão no estado de Pernambuco, como os assassinatos da turista alemã Jennifer Kloker, em fevereiro de 2010, e da estudante Alice Seabra, em junho de 2015.
A Delegada já passou pela unidade de Roubos e Furtos, Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e pela Delegacia de Homicídios de Olinda.
Uma mulher forte, destemida, que faz questão de ressaltar a importância e o respeito que confere a instituição família “Quando eu desvendo um crime, chamo, antes de tudo, a família. Antes de qualquer coletiva para a imprensa, eu ligo para informar os pais da vítima, pois tenho muito respeito à dor da perda de um filho. Nós da polícia somos seres humanos, não somos máquinas ou robôs”, ressalta a delegada.
Segundo pesquisas que fizemos na imprensa pernambucana sobre o perfil da delegada que assumirá o caso Beatriz Mota, ela é notória na sensibilidade e empatia com o sofrimento alheio. “Em um plantão meu, um rapaz estuprou e matou uma menina de 7 anos em Palmares [Mata Sul do estado]. Quando eu vi o corpo no local, me tremi toda e passei mal, pois eu tenho uma filha. Perder um filho deve ser uma dor que não tem tamanho, não deve haver nada no mundo para mensurar. Por isso, me empenhei mais ainda para prendermos o responsável, o que fizemos no mesmo dia. Nesses crimes absurdos, não podemos deixar de nos indignar, pois temos que dar uma resposta mais do que urgente para a sociedade”, revelou a delegada em matéria ao G1.

Da redação, com informações do G1 e Diário de Pernambuco

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