A cerimônia de transmissão do cargo de Prefeito, realizada no domingo (1), em Petrolina (PE), transcorreu dentro da normalidade. Um ato republicano que reuniu representantes e representados dos dois diferentes grupos políticos do município. O prefeito eleito de Petrolina (PE), Miguel Coelho, recebeu a chave da prefeitura de Julio Lóssio, ex-gestor.
Após a transmissão do cargo, dos devidos discursos e convencionais abraços e apertos de mão, Miguel Coelho, num gesto maduro e elegante, acompanhou o seu antecessor e adversário político até o carro estacionado em frente a prefeitura da cidade. Foi quando entrou em ação a deselegância de algumas pessoas. Vaiaram Julio Lóssio e a ex primeira dama e entoaram os versos chulos de uma “música” que repete o grosseiro “arruma a mala aê”.
Uma reação nada civilizada e que merece uma reflexão sobre elegância e deselegância, conceitos tão debatidos, por exemplo, na diplomação dos eleitos em Petrolina, quando o Vereador Gilmar Santos (PT) se negou a cumprimentar os representantes da família Coelho. O vereador foi atacado nas redes sociais e desqualificado por alguns veículos de comunicação que “manchetaram” a sua “deselegância” e agora divulgam com “imparcialidade” a reação na despedida de Lóssio. O Edil se defendeu dizendo ter sido uma forma de protesto. E foi um protesto silencioso e elegante até. Ou não? As vaias e o “arruma a mala aê” foram atitudes elegantes?
No caso das vozes que vaiaram e cantaram a famigerada musiquinha, foi alto e bom som. Fora do tom, do bom senso e da boa educação.
O que é elegância e deselegância? E hipocrisia, o que é? Dois pesos e duas medidas são sempre postos quando a visão não passa do diâmetro do umbigo.
Palmas, para o jovem Prefeito Miguel Coelho!
Vaias, silenciosas, para aqueles da desenvolvida Petrolina que deram apoio e eco à feia forma de se despedir do ex-gestor.
Veja o vídeo: