Quem é Márcio Fabiano? Novo gestor do CCJG fala ao PNB

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O publicitário Márcio Fabiano Bonfim Silva foi o escolhido para gerir o Centro de Cultura João Gilberto. O nome dele foi consenso entre os demais candidatos que disputavam o cargo de indicação do Deputado Roberto Carlos(PDT). Depois de uma mobilização de alguns membros da classe artística em Juazeiro(BA), insatisfeita com a gestora nomeada pelo deputado, em novembro do ano passado, o parlamentar pediu uma lista com sugestão de nomes para serem apreciados por ele. Seis nomes foram apresentados e, depois de algumas reuniões, em um almoço que aconteceu ontem(16), o nome de Márcio Fabiano foi definido com a aprovação dos representantes da classe que participaram do processo de escolha. Pela primeira vez na história, o gestor do Centro de Cultura será um nome que, mesmo de indicação política, passou por um processo aberto de escolha, com a participação de uma representação da classe. Mérito, da classe que provocou esta discussão e também do parlamentar, que se mostrou aberto para ouvir e decidir junto com a categoria.
O novo gestor vai assumir o cargo, logo após a nomeação ser publicada em Diário Oficial.

Quem é Márcio Fabiano Bonfim?

Graduado em Publicidade e Propaganda / UFPE- Universidade Federal de Pernambuco, com Pós-Graduação / MBA em Marketing Estratégico – Unifacs- Universidade de Salvador. Márcio é escritor. Há 20 anos, lançou o livro “Dois Pontos”, em parceria com o médico e cantor Rogério Leal e cotidianamente escreve crônicas e artigos literários. É amante das artes, especialmente do cinema, modalidade que aprecia e é conhecedor

Com 20 anos de atuação profissional, ele já trabalhou como assessor de comunicação na Prefeitura de Jaguarari(BA), coordenou o marketing da TV São Francisco, em Juazeiro, e como consultor em Comunicação e Marketing, prestou serviço em empresas diversas tais como concessionárias de automóveis, escritórios de arquitetura, estúdios de Pilates e Institutos de Pós-Graduação.

Atualmente é professor universitário, ministrando aulas em cursos de graduação e pós-graduação na Faculdade São Francisco de Juazeiro- Fasj
É palestrante nas áreas de comunicação e marketing.

O novo gestor, Márcio Fabiano Bonfim, conversou com o Preto No Branco, logo após o almoço de escolha do seu nome.

Entrevista-Por Sibelle Fonseca

PNB: Quem é Márcio Fabiano?

M.F: Márcio Fabiano é antes de tudo juazeirense, e ser juazeirense é algo muito especial para mim. Eu sou profissional de comunicação, sou publicitário e sempre vivi e gostei muito de cultura. Mas eu sempre fui do lado de lá do balcão. Eu sempre estava para aplaudir esses nossos talentos. A reunião com os artistas de Juazeiro, para a escolha do novo gestor do Centro de Cultura João Gilberto, que acabou de acontecer agora, foi muito saudável para todos que estavam presentes. Foi antes de tudo uma reunião de amigos e de pessoas que amam Juazeiro e querem contribuir com o fortalecimento da sua cultura. Eu reencontrei amigos e a gente lembrou de nomes significativos para a cultura juazeirense, como o do nosso querido Cláudio Damasceno, Wellington Monteclaro e de quanto o CCJG é especial para nós. É um centro que nos traz lembranças carinhosas e Márcio Fabiano está aqui, juazeirense, disposto para levantar essa bola.

PNB: Como foi participar deste pleito, bastante disputado, o primeiro que permitiu a participação dos artistas, e sair como um nome de consenso?

M.F: O mais bacana disso foi que nós levantamos o seguinte: É preciso que nós da sociedade civil tenhamos um olhar muito mais cuidadoso com a coisa pública, com os cargos públicos. Nós gostamos de falar mal dos políticos, mas não nos impomos em determinados momentos. Pra mim essa eleição foi maravilhosa porque eu tinha, como meus concorrentes, pessoas que estão na labuta da vida cultural em Juazeiro há muito tempo. Todos tinham méritos bastante consideráveis para ocupar o cargo. Quando você está num grupo assim, expondo seu pensamento, seu projeto de trabalho para contribuir com o equipamento público, essa disputa se torna muito mais valorosa. E foi tão elegante, que quando nós nos reunimos, os seis candidatos, para chegar ao consenso, nós decidimos que os cinco iriam me apoiar com idéias, com projetos, nesse primeiro momento em que o Centro de Cultura está precisando do nosso apoio integral. E quando falo nosso apoio, falo da minha participação, agora como gestor, dos colegas da imprensa, da sociedade, daqueles que compartilharam a sua satisfação na minha indicação pelas redes sociais. Nós precisamos chegar lá e dizer: “Gente, nós temos um centro com o nome de um juazeirense tão brilhante, um centro que é palco, que é platéia, que é o lugar das nossas emoções, dos nossos fazeres e saberes, das nossas tradições, que toca nosso coração. Um importante espaço cultural que precisa da nossa atenção, do nosso cuidado e total empenho para que ele seja valorizado e ampliado, tanto na sua estrutura física, quanto na atuação. Então a gente precisa chegar junto. Na reunião de hoje, quando nós decidimos um nome, a ordem foi: “Vamos nos ajudar?” Vamos! E isso foi magnífico!

PNB: Quais são os seus projetos a partir de agora?

M.F: São muitos projetos. O primeiro deles e o mais urgente, é dialogar com os artistas e ouvir suas reivindicações. Informalmente, conversei com alguns que me apresentaram uma pauta de reivindicações que deverá ser apresentada para a Secult e esta visita, nós vamos fazer juntos. São necessidades urgentes e ajustes que precisarão ser feitos com a secretaria. Outra ação de início, é colocar a casa em ordem. O João Gilberto precisa de uma “mexida” na sua infraestrutura, para que ele tenha dignidade no espaço físico. Logo depois, precisamos adotar um trabalho de formação de plateia. Eu recebi o apoio de uma pessoa muito querida que me disse assim: Eu estou com saudades de ir para o Centro de Cultura, veja se vocês faz “coisas” para a gente voltar. Então nós precisamos tornar aquele lugar em um espaço em que a juventude veja como uma opção para ir aos finais de semana, porque tem algo cultural acontecendo por lá. O João Gilberto precisa circular, precisa ser opção de encontro. A arte faz com que o ser humano tenha mais compaixão. Então, a gente precisa tornar o espaço carinhoso, acolhedor. Onde as pessoas da cidade possam visitar e levar pessoas que visitam a região, para assistir a um espetáculo, ou visitar uma exposição e depois possa tomar um café por ali mesmo. A gente precisa levar as pessoas para lá. O CCJG é nosso e precisamos ocupar este nosso espaço. O Centro de Cultura precisa de nós, juazeirenses! Por fim, agradeço a confiança do Deputado Roberto Carlos, o apoio dos nomes que também disputavam o cargo: Franciolle, Elder, Marcos, Iuric e Magda e, de coração, a todos e todas que deram sustentação e incentivo a esta nova missão que abraço com muita disposição e vontade de acertar.

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