Coopercuc realiza neste final de semana 9ª edição do Festival do Umbu

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Nos dias 28 e 29 deste mês, a cidade de Uauá, a 127 Km de Juazeiro, irá sediar o Festival do Umbu, evento realizado pela Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (Coopercuc). Em sua 9ª edição, o Festival traz como tema “Integração dos sistemas produtivos no Semiárido”, com o objetivo de dar visibilidade às demais potencialidades da região que se somam ao umbu e promovem o bem viver no Semiárido.

 

Na programação haverá painéis, demonstração, degustação e comercialização de produtos da agricultura familiar, rodada de negócios, concursos culturais e apresentações artísticas. Essas atividades acontecem em uma estrutura montada na Praça São João Batista e concentra stands, espaço para palestras, salas para atividades, além do Armazém da Agricultura Familiar que vai chamar atenção do público pela primeira vez no evento.

 

A Coopercuc

 

Criada em 2004, a Coopercuc  contribui com a organização social das comunidades onde está inserida e com o fortalecimento da produção, através principalmente do beneficiamento de frutas e comercialização de produtos como doces variados, sucos, geleias, compotas, cerveja, entre outros produtos, a partir do beneficiamento de frutas da  Caatinga, tendo o umbu como carro chefe.

 

Hoje a Coopercuc comercializa seus produtos através da venda direta ao consumidor por meio da oferta do produto em diferenciados espaços da região, do estado e inclusive de outros países. A venda através do mercado institucional também, é algo que a Cooperativa busca manter, fornecendo seus produtos para órgãos públicos via programas governamentais.

 

O Festival

 

O Festival é um momento de celebração, de dá visibilidade ao desenvolvimento da agricultura familiar nessa região e especialmente ao trabalho da Coopercuc. Esse ano o tema chama atenção para a compreensão de que “um único sistema produtivo para a agricultura familiar não tem viabilidade, a ideia é essa integração, essa diversificação para que as pessoas consigam ter produção e alimento saudável o ano inteiro”, ressalta Denise Cardoso, presidenta da Cooperativa, citando como exemplo a carne de bode, a mandioca, a horta, além do umbu e outras potencialidades que fortalecem a agroecologia no Semiárido.

A 9ª edição do Festival do Umbu é organizada pela Coopercuc e conta com o apoio do Governo do estado da Bahia, das prefeituras de Uauá, Canudos e Curaçá e de organizações sociais parceiras.

 

 

PROPOSTA

 

Este ano uma das novidades durante o Festival do Umbu será o Armazém da Agricultura Familiar, uma espécie de vitrine de produtos oriundos de diversas comunidades rurais e cidades do Semiárido na área de abrangência do Bioma Caatinga. O Armazém estará montado dentro do espaço do evento e no local será possível degustar alimentos de origem animal como pratos elaborados a partir de carnes de caprinos, ovinos, aves, peixes,  derivados do leite, e de origem vegetal como doces, geleias, sucos, vinhos, licores, cervejas, compotas, além de artesanatos.

Propõe-se evidenciar o Armazém como um elemento que irá retratar, de forma bastante expressiva, o tema do evento. A integração dos sistemas produtivos que hoje garantem a renda de milhares de famílias do Semiárido estará apresentada no espaço, mostrando assim a viabilidade da produção apropriada ao clima semiárido.

 

Foco: Geração de renda e Segurança Alimentar e Nutricional

 

A abordagem pode ressaltar a diversidade de produtos existente na região, o que contribui para o dado do governo federal onde se calcula que 70% dos alimentos que estão na mesa do povo brasileiro vem da agricultura familiar. Além disso, pode-se evidenciar a importância de associar a geração de renda para as famílias produtoras com segurança alimentar e nutricional para a população consumidora, um dos elementos contidos na proposta de Convivência com o Semiárido.

 

O Armazém faz parte de uma realidade que vem crescendo na região: a organização dos grupos produtivos que tem como base o extrativismo sustentável da Caatinga, somada ao crescente interesse da população por alimentos cada vez mais saudáveis. A intenção dos organizadores deste espaço dentro do Festival é também dar visibilidade à “Central da Caatinga”, uma entidade fundada em 2016 e que reúne mais de dez Cooperativas que já produzem alimentos de base agroecológica e que irão se dedicar a comercialização de suas produções de forma a atingir o amplo mercado.

 

Foco: Dia da Caatinga

 

O dia 28 de abril é comemorado o dia Nacional da Caatinga. A pauta também pode abordar a importância da “Caatinga em pé”, um mote que tem sido usado para defender a preservação do Bioma Caatinga e toda sua biodiversidade. Toda a riqueza apresentada no Festival do Umbu não será possível se a Caatinga continuar a ser destruída, aumentando ainda mais o dado alarmante apontado pelo IBGE, que revela que mais de 45% do bioma já foi degradado.

 

Uma das práticas adotadas pelas comunidades extrativistas, sobretudo as comunidades de Fundo de Pasto no sertão da Bahia, tem sido o Recaatingamento, uma prática que consiste em replantar espécies nativas em áreas ameaçadas de desertificação e/ou isolar áreas para conservação.

Ascom

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