Queima da cana pela Agrovale, em Juazeiro(BA) é questionada por morador de Juazeiro

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“O céu de Juazeiro está encoberto de fumaça e isso, muito provavelmente, é resultado da queima da cana realizada pela Agrovale”, essa reclamação chegou a redação do Portal Preto No Branco, através de um leitor de Juazeiro(BA) que preferiu não ser identificado.

Segundo ele, o que também foi sentido por outros moradores de Juazeiro, na noite de ontem, uma nuvem de fumaça cobriu a cidade, como acontece sempre neste período do ano, quando a cana é queimada pela agroindústria. Uma situação que gera desconforto e prejuízos a saúde da população, além de agredir o meio ambiente, alerta o leitor ” Minha mulher está sofrendo com rinite alérgica, meus filhos estão tossindo muito e eu estou com as vias respiratórias congestionadas, graças a esta ação atrasada da empresa, que se repete todos os anos nesta época do ano. Estamos em 2017 e acho que não há mais lugar para essa agressão à natureza, à população e à cidade de Juazeiro”, desabafou o cidadão juazeirense.

Ainda de acordo com ele, a Agrovale teria assinado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público do Trabalho para tornar a queima da cana mecanizada, em um prazo de 10 anos, mas até agora a empresa não se adequou e continua utilizando a técnica antiga ” Foi dado este prazo para substituir a queima pelo corte no maquinário e, pelo que sei, este prazo já se esgotou sem que a empresa tenha se adequado”, informou o leitor.

Nós conversamos com a Gerente Regional do Ministério do Trabalho, Edésia Barros, que confirmou a existência do TAC, mas esclareceu que o prazo ainda está em curso. Ela disse ainda que este TAC foi feito com as demais usinas de álcool e açúcar no Brasil, entre elas a Agrovale, mas que esta intervenção foi para evitar a exaustão dos trabalhadores que atuam no corte e garantir condições de trabalho, no sentido de proteger a saúde do trabalhador. Edésia Barros também afirmou que em relação a agressão ao meio ambiente, qualquer providência deve ser tomada pelos órgãos ambientais.

O Preto No Branco está entrando em contato com a empresa para maiores esclarecimentos.

Em tempo, reforçamos a indignação do leitor: “Estamos em 2017 e não há mais lugar para essa agressão à natureza, à população e à cidade de Juazeiro.”

E questionamos: Quais as providencias adotadas pelos órgãos ambientais?

Da Redação/ Foto Reprodução

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