Sugestão de Aecio de ‘matar intermediário’ era brincadeira, diz advogado

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Aécio Neves (PSDB-MG), senador (Foto: Pedro França/Agência Senado)

O advogado do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), José Eduardo Alckmin, afirmou hoje que  a sugestão de Aécio de matar um intermediário em uma conversa com o empresário Joesley Batista teria sido uma “brincadeira”.  A gravação do diálogo foi entregue à Procuradoria-Geral da República (PGR) na última quarta-feira (17) por Batista.

“Tem que ser um que a gente mata ele antes de fazer delação”, disse Aécio em um trecho da conversa, que também revelava um pedido de R$ 2 milhões a Batista, que seria destinado às despesas com sua defesa na Lava Jato.

“Foi um chiste”, disse o advogado, sobre o trecho que Aécio fala da morte. Ele também afirma que o pedido de dinheiro seria por “empréstimo”, que Aécio pagaria mais tarde. Ele afirma que o senador afastado teria recorrido a Joesley, em vez de um banco, porque os dois são amigos e porque os juros bancários sao altos.
“Você sabe muito bem que nem sempre os juros são aceitáveis. Então a gente tem um amigo que pode ajudar, a gente pede ajuda”, argumentou. O advogado nega que Aécio teria usado um intermediário para buscar o dinheiro com intuitos de se manter longe da fiscalização. Segundo Alckmin, Aécio teve que buscar ajuda de terceiros – um dos ex-coordenadores de sua campanha à presidência, Frederico Pacheco Medeiros, que é seu primo – por se tratar de um “valor expressivo”.
O advogado chegou na casa do senador afastado às 8h10 da manhã desta quinta-feira (18) e passou mais de quatro horas em reunião com ele. Alckmin nega que Aécio se sinta envergonhado pela acusação de pedir propina, e que estaria “indignado” com as acusações surgidas contra ele, sua irmã Andrea Neves e o primo.
Fonte: Diário de Pernambuco

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