Temer pede ao STF que seja investigado em inquérito separado

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Os advogados do presidente Michel Temer pediram nesta sexta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o inquérito dele seja separado, para que Temer seja investigado num processo à parte. Temer é investigado no mesmo inquérito sobre o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) e o deputado afastado Rocha Loures (PMDB-PR). A defesa refuta a afirmação de que Rocha Loures, ex-assessor de Temer, seja “homem de total confiança” do presidente. E afirma que Temer é o “maior interessado na cabal apuração dos fatos”.

“Note-se que não há nenhuma ligação entre os pretensos fatos imputados ao Sr. Presidente da República com o Senador Aécio Neves e com o Deputado Rodrigo Loures, de maneira que não há que se falar em prática de uma infração penal para facilitar ou ocultar outras, ou para conseguir impunidade ou vantagem em relação a qualquer delas, posto que inexistentes, não havendo, igualmente, nenhum vínculo probatório”, diz trecho do pedido, assinado por Mariz, Guedes e Jorge Urbani SalomãO.

O inquérito tem origem na delação de executivos e pessoas ligadas ao frigorífico JBS. Joesley Batista, dono da empresa, gravou uma conversa com Temer sem conhecimento do presidente. Na gravação, o empresário fala com Temer sobre pagamento de propina ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e a um procurador da República. O áudio está sendo periciado pela Polícia Federal (PF) e, segundo a defesa de Temer, foi manipulado.

“Muito embora as indigitadas gravações acostadas apontem conversas de: (i) Joesley Batista com o Sr. Presidente da República; (ii) Joesley Batista com o Deputado Rodrigo Loures; (iii) Joesley Batista com o Senador Aécio Neves, não há nenhuma relação fática entre cada uma delas. Os fatos que se pretende levar à investigação em face do Sr. Presidente da República são totalmente distintos daqueles imputados ao Senador Aécio Neves e ao Deputado Rodrigo Loures”, diz outro trecho do pedido.

Em outro pedido feito hoje, a defesa do presidente solicitou que o inquérito aberto contra ele no Supremo Tribunal Federal (STF) seja distribuído livremente. Isso significa sair das mãos do ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava-Jato na corte, para ser sorteado novamente entre todos os integrantes do STF.

O Globo

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