“O Especialista Responde” aborda no primeiro mês o câncer de próstata

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Com o objetivo de se aproximar da comunidade e melhorar a comunicação com os seus usuários, a Unidade de Pronto Atendimento e Atenção Especializada de Petrolina (UPAE/IMIP) lança uma série de reportagens especiais com o título “O Especialista Responde”. A cada mês será abordado um tema ligado às 17 especialidades médicas disponíveis no serviço ambulatorial. O assunto será divulgado com antecedência nas redes sociais da UPAE e os interessados poderão enviar suas perguntas com dúvidas e questionamentos.
Para dar início ao projeto, a Unidade traz esse mês o câncer de próstata em uma entrevista especial com o urologista Flávio Costa.
O que é o câncer de próstata e quais os fatores de risco?
O Câncer de próstata é uma neoplasia maligna que tem seu desenvolvimento na próstata, que nada mais é do que uma glândula do sistema reprodutor masculino, cujas principais funções são a continência urinaria e a produção de parte do líquido que forma o sêmem ou “esperma”. Os principais fatores de risco para desenvolver a doença são a idade, o histórico familiar e a raça negra. 
Qual a faixa etária que costuma atingir?
Cerca de 2/3 dos cânceres de próstata acometem pacientes acima dos 65 anos de idade. Se há histórico na família em parentes de primeiro grau as chances aumentam de 2 a 3 vezes. Para a população em geral, o rastreamento da doença deve começar a partir dos 50 anos, e para os pacientes com fatores de risco aos 45. As estatísticas mostram que a cada 7 homens, 1 vai desenvolver o câncer de próstata.
Existe algum tipo de prevenção?
Na verdade, o câncer de próstata é muito silencioso e o tumor costuma crescer de forma lenta, vindo a dar sinais apenas na fase mais avançada. Portanto, o que se procura fazer é uma busca ativa para o diagnóstico precoce da doença. Se descoberto a tempo, as chances de cura são de 90%.
Quais são os sintomas que costuma apresentar?
Como disse, nas fases iniciais não apresenta sintomas. Geralmente, quando o paciente sente algum desconforto está mais ligado à hiperplasia da próstata, que é o aumento da próstata e se trata de uma doença benigna. Nas fases mais avançadas os sintomas do câncer podem se confundir com o da hiperplasia, com quadros de dificuldade para urinar, urina fraca, jato cortado e aumento da diurese noturna, ou seja, o indivíduo levanta mais vezes à noite para fazer xixi. Outra possível manifestação tardia do câncer de próstata pode ser uma infestação sistêmica, com dor nos ossos da coluna e da bacia, para onde costuma enviar metástases.  
Com os atuais exames, como o PSA, é possível dispensar o exame de toque retal na investigação? A partir de que idade esses exames devem ser feitos?
Ainda não. O PSA e o toque retal são complementares. É necessário que se faça os dois para um diagnóstico mais específico. Para a população em geral, a partir dos 50 anos, para pacientes do grupo de risco a partir dos 45.
Na UPAE/IMIP de Petrolina são feitos esses exames?
Sim. O toque retal é feito durante a consulta no ambulatório e o PSA também pode ser feito na Unidade através da coleta de sangue.  Geralmente, na minha consulta  costumo incluir uma avaliação do aparelho urinário por completo, além dos exames diagnósticos do câncer.
Quais os efeitos do tratamento? O homem pode ficar impotente?
O tratamento depende muito de cada caso, da agressividade do câncer e da idade do paciente; entre outros fatores. O especialista pode optar desde apenas a observação/monitoramento até a realização de cirurgia, quimioterapia e radioterapia. Quando a cirurgia é realizada, normalmente, nos 6 primeiros meses, o paciente pode ficar sem ereção por conta do procedimento. Mas, a função erétil pode ser reestabelecida sim.  A possibilidade de uma impotência não deve ser fator restritivo ao tratamento. Apesar de, na maioria das vezes, não ser tão agressivo, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, perdendo apenas para o câncer de pele. Então, é preciso ficar atento e fazer sempre os exames de rotina.

Anna Monteiro

Assessoria de Comunicação
UPAE Petrolina

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