Foram três dias de espetáculos musicais. Uma mistura de ritmos, estilos e gêneros. A música, dona absoluta da festa, falou o que quis e foi ouvida. Tiveram os velhos clichês de festivais, mas também teve o inovador e surpreendente.
O público deveria ter prestigiado mais, mas faltou também mais divulgação do evento. O investimento em divulgação foi bem aquém do que se investe em premiação, uma das mais altas oferecidas em festivais de música do país. São mais de 30 mil reais.
O teatro de arena do Centro de Cultura João Gilberto foi palco das execuções, comandadas por uma banda base formada por músicos juazeirenses de alta qualidade.
Nesta edição, o festival homenageou os 80 anos do poeta e compositor juazeirense Luiz Galvão. Galvão estava na ambientação da arena, sua poesia foi dita e suas canções cantadas por artistas da terra que se juntaram para relembrar vários sucessos do compositor.
E Galvão veio para o último dia da festa dedicada a ele e reviu amigos, foi abraçado e recebeu muito carinho do público que se rendeu em homenagens ao poeta conterrâneo.
O Festival é realizado pela prefeitura de Juazeiro, através da Secretaria de Cultura, Turismo e
Esportes e virou lei. Ainda bem!
24 concorrentes deram tudo de si e entraram para a história do Festival Edésio Santos da Canção, que está na sua 20° edição.
Na finalíssima, muita expectativa e emoção e aí sim, a arena do teatro ficou lotada. A Lua foi testemunha desta festa da musicalidade sanfranciscana e dentre tantos talentos, saíram os vencedores.
O juri popular aprovou a coragem e ousadia de João Fatal, que defendeu “Juazeiranidade”.
O juri oficial deu o primeiro lugar a canção “Brasil dos invisíveis”, de Zebeto Corrêa e Martin César, interpretada por Fabiana Santiago.
“Cada Um”, de Manuca Almeida e Alexandre Leão, interpretada linda e fortemente por Andressa Souza, ficou com o segundo lugar. Andressa também foi a melhor intérprete da edição.
O terceiro lugar foi para “Quintal” – Moesio Belfort, Carlos Hiury e Eneida Trindade e a melhor música local, “Perfume do Passado” de João Gilberto/ Mariano Carvalho.
Para encerrar o festival, João Sereno e Maviael Melo, num encontro de muita poesia popular.
E uma homenagem natural a outro compositor e poeta que deixou Juazeiro, recentemente, foi feita pelo cantor Alexandre Leão. Manuca Almeida foi lembrado pelo parceiro de mais de 20 anos, numa homenagem que emocionou a família do poeta e o público presente.
Ano que vem tem mais! Que os compositores comecem a se inspirar para qualificar a música regional.
Da redação
Os 20 anos do festival merecia um cuidado maior; com o cenário – que estava pobrezinhho, feio. Ainda bem que é Lei, mas … merecia mais investimento de atenção e dinheiro. O troféu ficou lindo. Parabéns ao artista plástico Iehoshua Iahueh.