“Eles estão pagando pelo que fizeram, mas não precisa de tanta crueldade”, diz carta de familiares de detentos em Juazeiro-BA

2

[new_royalslider id=”70″]

 

Após um grupo de agentes penitenciários denunciar diversas irregularidades trabalhistas que estariam ocorrendo no Conjunto Penal de Juazeiro-BA, a redação do portal Preto No Branco recebeu uma carta de familiares dos detentos chamando a atenção dos Direitos Humanos, da Defensoria pública e da Vigilância Sanitária.

“Pedimos socorro a essas autoridades. Queremos que elas visitem o presídio e vejam o descaso, tanto com nós familiares, como com os presos. Muitos deles precisam de uma defesa e não tem”, diz o texto.

Entre outros relatos, os familiares reclamam dos horários reduzidos para as visitas.

“A visita da tarde não chega nem a 3h de duração, porque quando vamos entrar já é mais de 14h, para sairmos às 15h30. São duas salas para a revista, que só abrem às 13h. Isso é um absurdo!”, dizem.

Além disso, a carta também denuncia a falta de limpeza na cozinha do CPJ e a qualidade das refeições oferecidas aos presos e visitantes.

“As vezes a comida é servida azeda e eles precisam dormir com fome. Além disso, quando eles não comem são ameaçados de irem para a disciplina. Nós visitantes recebemos um pão com salsicha dura e um suco aguado. Uma vergonha!” informaram.

Os familiares também reclamam da precarização do espaço e das condições indignas a que os presos estão expostos. Eles ainda reivindicam o mínimo para acomodação dos detentos.

“Pedimos ventiladores com urgência. Os módulos são chamados de chapão, de tão quente. As celas são um forno e sem conseguir dormir, eles molham o chão e deitam. Com o calor eles também reclamam de tonturas e dores de cabeça. Isso é desumano. Eles sofrem lá dentro e as famílias morrem aos poucos aqui fora. Além disso, a TV do módulo 3 está quebrada há mais de dois meses. Isso é muito triste!”, relataram.

Eles finalizam informando que o diretor do CPJ já foi comunicado sobre as reclamações e ameaçaram realizar uma manifestação para que as suas reivindicações sejam atendidas.

“Sabemos que eles estão pagando pelo que fizeram, mas não precisa de tanta crueldade. Nós, mães, esposas e filhos pedimos socorro. Vamos cobrar, vamos reclamar, vamos falar dos maus tratos que eles estão sofrendo. Eles têm familiares aqui fora e nós não vamos ver o que está acontecendo e fingir que não vimos”, concluíram.

O PNB está encaminhando a denúncia para o Conselho Municipal dos Direitos Humanos e para as demais autoridades competentes em busca de esclarecimentos.

Da Redação por Yonara Santos

2 COMENTÁRIOS

  1. Tem mais de 01 ano que JAMS quer sair da empresa e não tem coragem de pedir demissão, ou seja, está forçando uma demissão sem justa causa. Depois que o contracheque dele foi publicado foi que ele botou a cara. Até então jogava a pedra e escondia a mão. Corretinho demais pra meu gosto, como ele quis parecer.

  2. Isso tudo aí são consequências do que fizeram. .. muitas famílias aqui fora sofrem com a perda de entes queridos, traumas sofridos por causa desses marginais aí.
    Aí vem a família do detendo reclamar de dormida? Comida? Rapaz, qquer logo um hotel 5 estrelas não?
    Fala sério! ! Direitos humanos tem que ser priorizado pra pessoas inocentes, vítimas da bandidagem.
    Toda ação gera um consequência. ..

DEIXE UMA RESPOSTA

Comentar
Seu nome