Temer fala sobre reeleição e sobre intervenção federal no RJ

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Reeleição

O presidente Michel Temer afirmou nesta sexta-feira (23) que não será candidato à reeleição neste ano. “Em política, as circunstâncias é que ditam a conduta. E as atuais mostram que não sou candidato. Eu não serei candidato”, disse, em entrevista à Rádio Bandeirantes.

Perguntado se disputaria outro cargo, no caso para manter foro privilegiado, ele chamou as acusações contra ele de “pífias”. “Não tenho nenhuma preocupação com essas denúncias pífias”, disse.

Nos bastidores, contudo, o presidente avalia a possibilidade de disputar a reeleição. Para ser candidato, no entanto, ele sabe que precisa se viabilizar eleitoralmente até maio, prazo que estabeleceu para definir se tentará continuar no cargo.

A meta do chamado “Plano Temer”, estruturado pela equipe de marketing do emedebista, é elevar os índices de aprovação para 15% e reduzir os percentuais de rejeição para 60%.

Aliados de Temer têm defendido que ele dispute neste ano. A onda de apoios cresceu desde que Temer decidiu intervir na segurança pública do Rio de Janeiro.

Na quarta (21), o presidente nacional do MDB, o senador Romero Jucá (RR) disse que Temer pode, sim, ser o candidato do partido à Presidência. “O presidente Michel Temer é uma opção do MDB para ser candidato à Presidência da República se ele assim entender”, afirmou Jucá.

Também na quarta, Elsinho Mouco, marqueteiro do Palácio do Planalto, divulgou nota em que defende a candidatura. “Não é de hoje que digo a todos com quem converso que um dia eu ainda o veria assumindo um papel maior do que seus adversários gostariam que tivesse”, disse Mouco.

Intervenção Federal

Em entrevista à Rádio Bandeirantes, nesta sexta-feira (23), Temer avaliou que “se não der certo [a intervenção], não deu certo o governo”.

“Se não der certo, não deu certo o governo, porque o comandante supremo das Forças Armadas é o presidente da República. De modo que as Forças Armadas nada mais fizeram do que obedecer o comando do seu comandante supremo. Se não der certo, foi o governo que errou, não foram as Forças Armadas”, disse.

O presidente também pontuou que o Governo Federal pensou em decretar a intervenção total no Rio, quando até o governador pode ser afastado. Apesar disso, preferiu pela intervenção somente na segurança pública.

“Claro, foi cogitado num primeiro momento, mas logo afastei a ideia por que seria uma coisa muito radical, e logo refutei. E refutando ficamos com a conclusão de que deveríamos intervir na área da segurança pública e no sistema penitenciário”, falou.

Segundo Temer, o ato no Rio de Janeiro não é uma intervenção militar, mas civil: “É uma intervenção civil, administrativa, com a presença dos militares”.

Folha Press Bahia. BA

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