Especial: “Toda forma de amor vale a pena – Uma relação aberta e verdadeira” (parte 1)

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(foto: Preto no Branco)

Há quem considere o dia 12 de junho, quando se comemora nacionalmente o Dia dos Namorados, como a data mais romântica do ano. Mas quem acredita que o dia surgiu com o intuito comemorativo de homenagear os casais apaixonados, engana-se. Instituído em 1949, no Brasil, o Dia dos Namorados foi criado pelo publicitário João Agripino Dória, pai do ex-prefeito de São Paulo, João Dória, com o objetivo de alavancar o faturamento do comércio durante o mês de junho, que tradicionalmente gerava pouco lucro.

Como manda a tradição, muitos casais aproveitam a data para comprar presentes para seus parceiros e parceiras – o que, inclusive, faz o dia 12 de junho ser a terceira data mais importante para o comércio brasileiro. Lojas e restaurantes investem em propagandas e ornamentações, de todos os tipos, para atrair consumidores.

Falar do Dia dos Namorados, é falar de amor. Falar de amor, é falar de pessoas. Falar de pessoas, é falar de diversidade. Em comemoração à data, o Preto no Branco traz, ao longo da tarde desta terça-feira (12), a história de quatro casais, cada qual com suas características, mas que representam “Toda forma de amor”.

Conheça a primeira história.

Uma relação aberta e verdadeira

(foto: arquivo pessoal)

Existem várias formas de se relacionar. Enquanto alguns casais são adeptos do relacionamento monogâmico, ou seja, do relacionamento fechado para o envolvimento de terceiras pessoas, outros vivenciam o que se conhece por “relacionamento aberto”, que nada mais é que namorar sério com alguém, mas poder ficar com outras pessoas, em comum acordo, de forma que não seja caracterizado como infidelidade/traição. É o caso do casal F.M e T.A – nomes não divulgados a fim de preservar a identidade.

F.M e T.A formavam um casal monogâmico. Mas, há cerca de seis meses, eles decidiram mudar os rumos do relacionamento. Um vídeo compartilhado nas redes sociais foi crucial para que o casal amadurecesse, através do diálogo, a ideia de relacionamento aberto. A decisão foi tomada, e hoje o casal acredita que a relação está ainda mais fortalecida.

“A abertura do relacionamento proporcionou falar sobre sensações, medos e desejos, sem ter a paranoia de que a outra pessoa fosse julgar por isso”, afirma T.A. Já para F.M, o relacionamento aberto significa a desconstrução do sentimento de posse. “As pessoas não se pertencem. São indivíduos com desejos, vontades, necessidades diferentes”.

Lidar com o tabu social não é uma tarefa fácil para o casal. F.M considera que muitas pessoas criticam essa forma de relacionamento, e outras que não se configuram como monogâmica, por falta de conhecimento ou por preconceito. “As pessoas pensam que é safadeza, que o casal abre o relacionamento porque não se ama mais ou  não se satisfaz mais”, disse.

T.A considera que as pessoas tendem a mascarar suas necessidades e vontades em virtude de uma construção da sociedade ocidental conservadora. “As pessoas não se deixam permitir conhecer outras pessoas, com medo dessa tentação, porque é considerado algo errado. No nosso caso não é infidelidade, porque conversamos sobre isso. Seria desleal se fizéssemos escondido, como muita gente faz”, garante T.A.

O casal enfrentou resistência de amigos próximos. As famílias não sabem do relacionamento aberto.

F.M e T.A estão juntos desde 2014 e têm um filho de 2 anos e 9 meses.

Da Redação por Thiago Santos

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