Alerta: Padarias de Juazeiro e Petrolina podem está combinando preço de pão francês que tá bem salgado

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(imagem ilustrativa)
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“Fui na padaria e tomei um susto! Com dois reais, só se compra 8 pães”, manifestou-se uma consumidora que encontramos em uma padaria no bairro Santo Antônio, em Juazeiro.

Com um real, os consumidores de Juazeiro e Petrolina só conseguem comprar quatro pães, em média. “Existem padarias que estão vendendo dois pães por um real”, afirmou o dono do estabelecimento”.

Pois é, o preço do “pão nosso de cada dia”, alimento tradicional e bem popular, aumentou e não foi pouco.

E esse aumento foi logo após a paralisação dos caminhoneiros, no mês de junho, quando sofreu um reajuste médio de 10% devido à variação do dólar, à crise cambial enfrentada pela Argentina, importante exportadora do trigo. O quilo passou de R$ 7,88 para R$ 8,45, em média.

Esses fatores influenciaram a alta no preço do pão francês. A greve dos caminhoneiros, provocou um aumento do preço do gás e aliado a isso, houve o aumento da energia elétrica e até o clima na Argentina refletiu no custo salgado do pão para o bolso do consumidor.

O Brasil não é autossuficiente na produção de trigo. Dos cerca de 10 milhões de toneladas de trigo adquiridos no Brasil, 50% são importadas da Argentina. Esse país passou por uma das maiores estiagens dos últimos 40 anos, o que diminuiu sua capacidade de produção pela metade.

“A farinha de trigo, logo após a greve dos caminhoneiros, aumentou R$ 42,00. A saca custava R$ 100,00 e passou para R$ 142 reais, fora o aumento que registramos em outros produtos, como o gás de cozinha. Tivemos que repassar esse reajuste para o consumidor. Não tinha como a gente segurar mais”, informou um outro dono de padaria, que pediu para não ser identificado.

Ele também alertou para um “acerto” que existiria entre donos de padarias das duas cidades, para que o preço do pão seja o mesmo. Formação de cartel? Bem, esse é trabalho para os Procons. Fica a dica.

Como sempre, são os consumidores que “pagam o pato”, ou melhor pagam o preço. E têm que se virar para garantir o pão na mesa da família.

“Nem pão mais o pobre pode comer? “, reclamou uma dona de casa.

“O jeito é usar a criatividade e substituir, por exemplo, pelo velho e bom cuscuz. Um pacote de flocos está custando um real e cinquenta, por aí. Rende mais. É mais vantagem!” , sugeriu uma consumidora.

Da Redação

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