Dois pesos e duas medidas? Empresa de locação de caiaques em Juazeiro se diz alvo de perseguição

(foto: arquivo pessoal)

O empresário Rodrigo Rodrigues, da Arca Sport, empresa que há 5 anos faz o aluguel de caiaques na orla de Juazeiro, usou a sua rede oficial no Facebook para manifestar sua indignação sobre uma determinação da Prefeitura de Juazeiro que impede a venda de água mineral, suco, água de coco e outros tipos de bebidas, nas margens do Rio São Francisco. De acordo com ele, a decisão municipal não está sendo aplicada em outros estabelecimentos que estão situados na Orla II de Juazeiro.

Segundo o empresário, pouco tempo depois da inauguração do projeto cultural da Kaiaqueria, criado em janeiro deste ano como uma nova opção de entretenimento para a promoção dos artistas da região dos mais variados seguimentos, a gestão municipal, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Ordenamento Urbano (Semaurb), decidiu proibir a venda de bebidas nas margens do Rio São Francisco, alegando que esse tipo de comércio geraria problemas de poluição. Atendendo a determinação, o projeto do espaço cultural foi fechado em março deste ano.

Como a determinação não valeu para todos, Rodrigo Rodrigues acusa a gestão municipal de perseguição. Segundo ele, uma família que possui um estabelecimento, também do ramo de caiaques na Orla II, vem comercializando bebidas e alimentos normalmente, sem sofrer nenhuma penalização por parte da Semaurb. De acordo com o empresário, a família faz parte do grupo político do gestor municipal, sendo um dos donos do espaço, funcionário da prefeitura e por isso o estabelecimento não é notificado.

“A lei tem que ser pra todos. Apenas a Arca Sport está cumprindo a determinação da prefeitura de não vender nem água nas margens do rio. Por que o outro pode e a gente não?”, questionou Rodrigo. “Nós realizamos dezenas de projetos importantes na área do esporte e também ações de preservação do rio e, ao que parece, isso vem despertando a ira do nosso concorrente, que tem a proteção da prefeitura. Tudo que realizamos de bacana na margem do Rio, incomoda a eles e logo vem alguma retaliação. Eles se utilizar da influência política e dos que estão no poder para nos prejudicar”, afirma.

Em um vídeo publicado na rede social, o empresário traz o depoimento de um cliente da empresa, que pede o retorno do projeto cultural na Kaiaqueria.

https://www.facebook.com/ArcaSport/videos/1369077986555457/

Agressão

Em contato com a nossa redação, Rodrigo Rodrigues, da Arca Sport, primeira no ramo de caiaques da região, revelou ainda que desde que a família desse outro estabelecimento se instalou na orla, ao lado do seu comércio, que iniciou-se um conflito. A implicância do concorrente, segundo Rodrigo, já resultou em agressão em maio deste ano, e virou caso de polícia.

“O pai, a mãe e os dois filhos agrediram um funcionário da Arca Sport porque ele estava fazendo a captação de clientes na parte de cima da orla e a família não gostou da estratégia que é normal neste tipo de atividade. Eles abordaram nosso funcionário com agressão e até um lavador de carro, que tentou intervir, apanhou também. Todos foram parar na delegacia”, contou.

Na época desta confusão, o PNB conversou com a dona do estabelecimento, acusada de agressão, e ela não quis se manifestar sobre o ocorrido. Uma audiência está marcada para o mês de setembro para julgar o caso.

Estamos buscando esclarecimentos da prefeitura sobre o impasse.

Da Redação por Thiago Santos