Ex-mulher acusa Bolsonaro de furtar joias de cofre, ocultar milhões em patrimônio e agir com “desmedida agressividade”

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Ocultação de patrimônio, recebimentos ilegais e furto a um cofre, são acusações que pesam contra o presidenciável Jair Bolsonoro, segundo reportagem divulgada pela edição desta semana da Revista Veja.

Veja revela detalhes do processo de mais de 500 páginas envolvendo o candidato do PSL e sua ex-mulher, Ana Cristina Siqueira Valle.

Entre as acusações, está a de que Bolsonaro teria ocultado patrimônio pessoal da Justiça Eleitoral em 2006, quando disputou cargo de deputado federal.

O capitão da reserva declarou ter um terreno, uma sala comercial, três carros e duas aplicações financeiras, um total de R$ 433.934,00. No entanto, a ex-mulher informou no processo que o ex-marido possuía um patrimônio que, em valores atuais, chegaria a mais de R$ 7 milhões. Bolsonaro teria ocultado três casas, um apartamento, uma sala comercial e cinco lotes.

Outra informação dada por Ana Cristina foi em relação ao salário de Bolsonaro. Embora oficialmente o parlamentar tivesse um salário de R$ 26,7 mil mensais da Câmara e R$ 8,6 mil como militar da reserva, a renda total dele chegava a R$ 100 mil – R$ 183 mil em valores atualizados, mas ela não identificou, no entanto, qual era a fonte dos recursos.

A ex-mulher de Bolsonaro fez ainda uma outra acusação grave: A de furto. Segundo Ana Cristina, o ex teria furtado joias avaliadas em R$ 600 mil, US$ 30 mil em espécie e mais de R$ 200 mil em dinheiro – R$ 1,6 milhão em valores de hoje, de um cofre dela no Banco do Brasil, no Centro do Rio, em 2007.

No inquérito policial consta o depoimento de um dos gerentes do BB, Alberto Carraz, que confirmou a existência dos cofres de Bolsonaro e da ex-mulher na agência. Ele afirmou que não sabia o que tinha guardado, mas confirmou o sumiço do conteúdo do cofre.

“Quando Bolsonaro soube que a ex-mulher tinha feito um registro de ocorrência na delegacia, ele me disse que iria resolver a questão. Depois, eu soube por ele que estava tudo resolvido e que ela tinha retirado a queixa”, disse Carraz à revista Veja.

A existência do cofre de Bolsonaro nunca foi declarada, segundo a reportagem de Veja.

No ano passado a polícia encerrou o caso sem esclarecê-lo.

Procurada pela revista, Ana Cristina negou as acusações que ela mesma fez na época, justificando que estava magoada com o ex-companheiro: “Quando você está magoado, fala coisas que não deveria”.

Nesta semana, em outra matéria da Folha de São Paulo, Ana Cristina Valle acusou Bolsonaro de tê-la ameaçado de morte quando os dois disputavam a guarda do filho. O relato da ameaça de morte foi feito ao vice-cônsul brasileiro em Oslo, que a procurou após orientação do Itamaraty, e consta de telegrama diplomático, revelado pela Folha.

Bolsonaro havia pedido ajuda ao Ministério das Relações Exteriores. O teor do documento foi confirmado pelo então embaixador brasileiro no país.

A separação de Ana Cristina e Jair Bolsonaro aconteceu em 2008, em razão do “comportamento explosivo” e de “desmedida agressividade”, como informou a ex-mulher.

O presidenciável, hospitalizado em São Paulo, não se pronunciou.

A reportagem foi publicada pela “Veja”, em seu site reportagem no fim da noite de quinta-feira (27).

Da Redação

1 COMENTÁRIO

  1. Bolsonaro sempre defendeu a liberacao de venda de armas. Ao ser eleito, sua providencia urgente foi a flexibilizacao da lei de armamenro. No processo de divercio sua ex mulher declarou que ele tinha uma renda de 1000 mil e que ela nao sabia de onde vinha.Ora, da Taurus, tolinha!

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