Detran exonera coordenador e supervisor envolvidos em esquema de fraude de venda de veículos na 8ª Ciretran em Juazeiro

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(Foto: Divulgação)

Os funcionários acusados de fazerem parte de um esquema criminoso que consistia na liberação de documentos falsos, subtração, venda e receptação de veículos depositados no pátio da 8ª Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran), em Juazeiro, foram exonerados dos cargos. O coordenador da Ciretran, Ítalo José dos Santos Souza, e o supervisor de inspeção da unidade, Jair dos Santos Santana, foram presos preventivamente e denunciados pelo Ministério Público (MP) por organização criminosa e corrupção passiva.

Em nota, o Departamento Estadual de Trânsito da Bahia (Detran-BA) se manifestou dizendo que a Corregedoria do departamento colabora com o MP no caso e reforçou a fiscalização na atuação dos servidores em 37 Ciretrans espalhadas pelo interior.

“Estamos vigilantes a qualquer tipo de desvio de conduta, que será amplamente investigado e punido rigorosamente, na esfera administrativa, com o respectivo encaminhamento às autoridades policiais”, afirmou o diretor-geral do Detran, Lúcio Gomes.

O caso

Uma sindicância da Corregedoria Geral do Detran-BA auxiliou a Polícia Civil nas investigações que apontaram a falsificação de documentos e liberação irregular de veículos.

Os funcionários foram denunciados por formação de organização criminosa e corrupção passiva, junto com os despachantes Jaisson e Souza e Juracy Macena dos Santos; o servidor público Gedeon Gonçalves dos Santos e o motorista Mardônio Alves de Sousa. Estes últimos quatro também tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça, mas estão foragidos. O marceneiro Marcondes Alves de Sousa, o chaveiro Reginaldo Dantas do Nascimento e o comerciante Valdeilton Nunes Almeida foram denunciados por crime de receptação, pois compraram os veículos com conhecimento de que se tratava de produto de um crime.

De acordo com a denúncia, o coordenador Ítalo José Souza liderava a organização criminosa, que contava com a atuação de despachantes para obter vantagem patrimonial indevida, por meio da subtração de automóveis do interior do próprio órgão e da emissão de documentos públicos falsificados, cobrando valores em troca dos veículos.

Cerca de 19 motocicletas chegaram a ser furtadas do pátio do Detran local, em troca de pagamento no valor entre R$ 300 e R$ 400. Um veículo também foi negociado ilegalmente pela organização criminosa pelo valor de R$ 2 mil, conforme a denúncia. Ítalo Souza e Gedeon Gonçalves também foram denunciados por peculato, falsificação de documentos públicos e por inserir dados falsos em sistema de informações.

Da Redação

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