Médico cardiologista alerta para problemas causados pela apneia do sono

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(foto: divulgação)

“Os distúrbios do sono constituem uma epidemia global que ameaça a saúde e a qualidade de vida de mais de 45% da população mundial. Aqui no Brasil, por exemplo, um de seus efeitos mais graves é a apneia obstrutiva do sono”, diz o médico cardiologista, Frank Carvalho, que ensina, em suas consultas, como identificar os sintomas da doença.

“A apneia do sono acontece devido a um estreitamento nas vias respiratórias, na região do nariz e garganta, e que faz a pessoa parar de respirar, por alguns segundos, diversas vezes durante a noite. Quem sofre disso, inclusive, pode não estar ciente de que tem o problema”, explica ele.

Frank integra a equipe médica do Instituto do Coração do Vale do São Francisco (Cardiovasf), – referência em Juazeiro (BA) e Petrolina (PE) por seu atendimento especializado nas áreas de Cardiologia e Medicina do sono. Segundo ele, durante a apneia o paciente produz roncos ou sons semelhantes ao sufocamento, impedindo a pessoa de alcançar o sono duradouro, continuado e profundo.

Através de estudos científicos e dos diagnósticos de médicos do Instituto Cardiovasf, foi possível então traçar o perfil de quem é acometido pela doença e os efeitos que ela traz para o organismo:

De acordo com dados do Ministério da Saúde, cerca de 30% da população adulta brasileira sofre de apneia do sono, com prevalência de diferentes subgrupos, incluindo sexo masculino, indivíduos mais velhos e aqueles com sobrepeso ou obesidade.

Saúde mental

Os transtornos causados devido aos sintomas da doença são uma questão particular de cada indivíduo. Mas, de acordo com Frank Carvalho, as variações emocionais existem e serão perceptíveis. “Normalmente quem passa por isso, sofre com um aumento de ansiedade, estresse e depressão”.

Saúde física

Segundo o cardiologista, também é comum encontrar pacientes que, por não levarem o problema à sério, terminam evoluindo para um quadro de doenças cardiovasculares, como arritmias, insuficiência cardíaca, hipertensão, infarto e AVC. Para o médico, a apneia muitas vezes é subestimada, mas é algo que deve preocupar a todos. “É uma questão de saúde a curto, médio e longo prazo”.

Letargia

Quem sofre de apneia obstrutiva do sono pode igualmente estar vulnerável a acidentes de carro e/ou um menor rendimento físico. “Por não dormirem bem e no momento certo, eles começam a ter sono no volante do carro, durante o trabalho ou mesmo numa conversa com os amigos”, aponta o doutor.

Além disso, a doença pode desenvolver sérias limitações cognitivas, com grande impacto na capacidade de atenção, recuperação da memória e déficit de aprendizagem.

Cura

Diante desses sintomas, Frank Carvalho cita o principal tratamento da apneia obstrutiva, que é a polissonografia. Acessível nas clínicas da Cardiovaf, esse exame serve para analisar a qualidade do sono e diagnosticar outras doenças relacionadas. Durante a sessão, o paciente dorme com eletrodos fixados no corpo que permite o registro simultâneo das atividades cerebral, muscular, respiratória e afins. “A apneia do sono costuma ser completamente corrigida com o tratamento”, diz.

Ascom

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