“Ninguém aguenta mais”: muriçocas voltam a tirar sossego dos Juazeirenses, que cobram retorno do carro fumacê

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(foto: reprodução/internet)

O novo ano começou com altas temperaturas na região do Vale do São Francisco. E se tem calor, tem muriçocas, velhas conhecidas da sociedade juazeirense e que seguem causando incômodo. Elas, que semanas atrás estavam praticamente sumidas, em virtude do clima quente e úmido, com as chuvas que caíram no fim do ano passado, já estão retornando à todo vapor.

A incidência de larvas de mosquito aumenta nas áreas onde a estação das chuvas coincide com altas temperaturas. As mudanças climáticas, com alternâncias de chuvas e calor, foram essenciais para a proliferação dos mosquitos. E essa diferença no índice de infestação, a população já está sentindo.

“Todo início de ano, é a mesma coisa. Fica insustentável. Calor e muriçocas. Quando dá cinco horas da tarde, já começa o inferno. A gente tem que se trancar dentro de casa, e ainda assim, elas perturbam. Fora de casa é pior ainda. E quem mora perto de terreno baldio sabe que a situação parece ser pior ainda. É um absurdo”, relatou a dona de casa Jandite Maria, que reside no bairro São Geraldo, em Juazeiro.

Incomodada, Jandite Maria relembra que na época que o carro fumacê circulava, o problema não tinha tanta intensidade. “Era melhor, porque não tinha tanto mosquito assim. A situação era mais controlada, diferente de agora”, finaliza.

Outra leitora também fez reclamações ao PNB. Ela reside no Residencial Juazeiro II e afirma que na localidade e suas redondezas, a situação está insustentável. “Ninguém aguenta mais tanta muriçoca aqui no Residencial. Sempre reclamamos disso, mas o problema persiste. Queríamos que o carro do fumacê pelo menos passasse aqui pra amenizar. É um apelo”, disse em conversa com o PNB.

Vale ressaltar que o carro fumacê citados por ambas as moradoras não circula pelas ruas de Juazeiro já há alguns meses, apesar do apelo da população. Quando isso acontecia, a Secretaria de Saúde de Juazeiro divulgava um cronograma com a programação da passagem do veículo em cada bairro da cidade. A

Fatores

A temperatura propicia a atração do inseto para o corpo humano, tendo em vista que o corpo elimina substâncias durante o suor que atrai a muriçoca, fazendo com que ela busque o sangue humano como alimento. Os mosquitos são atraídos pelo cheiro do suor e pelo gás carbônico que eliminamos durante a respiração.

Em outra oportunidade, Djalma Amorim, biólogo, já relatou que a falta de estrutura urbana, saneamento básico deficitário (tratamento de esgoto inadequado), intermitência na distribuição de água potável, armazenamento domiciliar e a deficiência na coleta de lixo em logradouros públicos que determina o acúmulo de resíduos sólidos, são fatores influenciadores na dinâmica de procriação de mosquitos no município.

Um outro fator que também contribui, segundo ele, para a infestação descontrolada dos mosquitos e que merece ser levado em conta, é a destruição da cobertura vegetal em áreas circunvizinhas ao centro urbano da cidade.

Cuidados

Algumas medidas são necessárias para inibir a presença da muriçoca, como a utilização de barreiras físicas como telas em janelas e o uso controlado de repelente, seguindo as recomendações do fabricante, já que se trata de produto químico e que pode causar reações alérgicas e intoxicações.

Os repelentes naturais, como folhas de manjericão, eucalipto, calêndula e lavanda, cheiro de incenso, essências e velas de citronela, além de objetos como a famosa raquete elétrica e o mosqueteiro, assim como o uso de ventilador e o ar-condicionado, são alternativas também para se proteger dos mosquitos.

Da Redação por Thiago Santos

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