“Eu seria oposição de qualquer maneira”, revela FHC sobre Governo Bolsonaro

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O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) se colocou como oposição ao presidente Jair Bolsonaro (PSL). O posicionamento foi feito durante uma entrevista à Rádio França Internacional, publicada na segunda-feira (14). Ele disse que considera a gestão de Bolsonaro como extrema-direita, mas não vê riscos para a democracia no Brasil.

Mesmo estando do lado oposto, ele garante que torce para o governo não cometer grandes erros. “Eu seria oposição de qualquer maneira. Não votei nele porque não concordo com as ideias que ele expressou durante a campanha. Agora isso não me leva a dizer que o governo vá ser um governo que quebre as regras democráticas. Isso é outra coisa”, explicou FHC.

Na avaliação do ex-presidente, oposição não pode ser destrutiva, dizendo que tudo o que vai ser feito pelo governo é errado porque vem do governo. “O que não tiver errado, por que eu vou ficar contra? Eu digo errado no sentido do bem-estar do povo, do crescimento da economia, da manutenção das regras democráticas”, acrescentou.

Ele também apontou que a vitória de Bolsonaro nas eleições presidenciais se deu por conta da “irritação da população com a corrupção”. Na opinião dele, isso levou ao fim de um ciclo político montado a partir da Constituição de 1988 e à existência de uma “violência espraiada no país”.

FHC contou que também não votou em Fernando Haddad (PT) no segundo turno, pois não concorda com as posições do PT, que levaram “a este descalabro em que nós estamos”. “ Não achei que valesse a pena comprometer minha posição de pensamento por uma candidatura que se dizia progressista, mas que tem em si as marcas do desastre que houve no Brasil: a estagnação da economia, pauperização, não intencionada, mas como consequência de muitos malfeitos e muita corrupção”, criticou.

Enquanto FHC externou a sua posição, o PSDB ainda não decidiu oficialmente sobre qual lado escolherá em relação ao Governo Federal. A tendência é que o partido apoie projetos importantes como a Reforma da Previdência, mas isso não quer dizer que haverá uma aliança direta entre as duas partes.

 

Fonte Bocão News

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