Barca Costa e Silva, há anos na Orla de Juazeiro: um problema que a gestão não consegue resolver

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(foto: arquivo/Preto no Branco)

Passados mais de três meses que Secretaria de Meio Ambiente e Ordenamento Urbano (SEMAURB) de Juazeiro informou que estava em fase de contratação de uma empresa para efetuar a retirada da Presidente Costa e Silva, atracada há anos na Orla I de Juazeiro, a embarcação ainda não saiu do lugar. Bem na orla da cidade, continua servindo como ponto de apoio para placa de outdoor e como ponto irregular para descarte de lixo doméstico e práticas criminosas.

Além de causar incômodo em quem passa pelo local e enfeiar um cartão postal de Juazeiro, a orla da cidade, a embarcação atrapalhou a continuidade das obras de revitalização da Orla Fluvial, cuja pista de caminhada foi interrompida exatamente no trecho que a barca ocupa.

Pesando mais de 150 toneladas, a embarcação, que foi construída para realizar o transportar de pessoas, mas como o sistema de turbina não funcionou no São Francisco, ficou encostada e posteriormente vendida em leilão, foi arrastada em 2013 para o paredão, no antigo porto, quando a prefeitura de Juazeiro fez a retirada de algumas embarcações que estavam atracadas na Orla Fluvial da cidade. Algumas foram removidas, porém a Costa e Silva não.

Em julho de 2016, quando a equipe do PNB esteve no local pela primeira vez, encontrou Jurandir Almeida, ex-funcionário da Companhia de Navegação contratado por um antigo proprietário para retirar a embarcação do local e que desde 2015 tentava recuperar a embarcação e devolvê-la ao rio. Ele informou, na época, que estava encontrando dificuldades burocráticas para instalar um ponto de energia que possibilitasse o serviço de recuperação da embarcação, e se queixou da falta de apoio dos órgãos competentes, que não se interessavam em colaborar para a retirada do barco do local.

Na época, a Secretaria de Meio Ambiente e Ordem Pública (SEMAOP) de Juazeiro informou que assinaria um termo de compromisso junto ao proprietário, para que fosse estabelecido um prazo para retirada da embarcação da Área de Preservação Permanente (APP). Três anos depois, a embarcação continua atracada na Orla de Juazeiro, sem previsão de quando será retirada do local.

Ao longo de 2018, o PNB voltou a cobrar providências da prefeitura em relação à barca, após moradores reclamarem do mau cheiro, restos de fezes, cadáveres de animais mortos e lixo acumulado.

Na última publicação, em 28 de novembro, o PNB constatou que a barca estava servindo como ponto de apoio para placa de outdoor e de ter atrapalhado a finalização da pista de cooper, que faz parte da obra de revitalização da Orla Fluvial.

Após a nova denúncia do PNB, a SEMAURB informou que o proprietário da embarcação não quis promover a retirada junto à prefeitura, por esse motivo, foi advertido e foi aplicado auto de infração de multa por descumprir a lei. “Diante disso, a prefeitura através da SEMAURB está em fase de contratação de uma empresa para retirada da embarcação”, finalizou a nota.

Três meses se passaram, e nada foi feito.

Em 11 de janeiro, o PNB conversou com Ramir Roger, proprietário da embarcação, que disse que há dois anos fez a compra do barco, e que desde lá, vem solicitando que a Prefeitura de Juazeiro autorize que a Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba) instale um ponto de energia. Segundo ele, a rede elétrica é essencial para iniciar o serviço de manutenção. Sem obter resposta da gestão, o empresário recorreu à Justiça, que autorizou a recuperação da embarcação.

Na época, o empresário informou que estava reagrupando pessoas e materiais e que deveria começar a obra em 15 ou 20 dias. Dois meses após a entrevista, nada foi feito.

A Presidente Costa e Silva continua servindo como ponto para outdoor e acúmulo de lixo, inviabilizando a continuidade da obra, desagradando a população, e sem perceptivas de quando deverá ser retirada (ou revitalizada).

O PNB está encaminhando, mais uma vez, a denúncia para a gestão municipal.

Da Redação 

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