Debate sobre direito à terra, juventude e poder abre a 6ª edição da JURA

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Com a proposta de debater sobre a questão agrária e a regularização fundiária, teve início na tarde desta quarta-feira (03) a sexta edição da Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária (JURA). O primeiro dia do evento contou com a presença de estudantes, professores e profissionais de diversas áreas, além da comunidade externa. A mesa de abertura aconteceu no auditório ACM da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), campus III, em Juazeiro, com a participação da coordenadora de educação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Socorro Varela, do articulador das Comunidades de Fundo de Pasto, Luiz Carlos de Andrade e mediação do professor Rogério Bispo.
 
Entre as temáticas debatidas nesta mesa de abertura da 6ª edição do JURA, os palestrantes puderam falar sobre suas vivências, a luta pelo direito à terra e permanência no campo, reforçando a importância de falar sobre a reforma agrária dentro da universidade pública. Bem como as dificuldades enfrentadas pelas comunidades tradicionais, a exemplo das atuais condições para certificação de território. Dessa forma, ampliando a discussão que já acontece em sala de aula nos diversos cursos da instituição, como Jornalismo, Pedagogia, Agronomia e Direito. 
 
Para Luiz Carlos, que faz parte da Comunidade de Fundo de Pasto, este é um momento em que os saberes acadêmicos dialogam diretamente com os saberes dos movimentos sociais, contribuindo para a construção de uma sociedade consciente da verdadeira história sobre as lutas no e do campo. “É importante a juventude estar inserida, ocupando os espaços da universidade, dialogando com o conhecimento já construído nas comunidades com os saberes da universidade”, ressalta. 
 
A discussão sobre a trajetória do MST de militância pela reforma agrária e o trabalho desenvolvido pela organização nos assentamentos também foi um dos assuntos debatidos durante a mesa. Socorro Varela, coordenadora de educação do Movimento, ressaltou a importância de conhecer as lutas do povo sem-terra. Além disso, destacou a necessidade de haver espaços de diálogo sobre a questão agrária. “Sendo assim, esse evento tanto contribui para os trabalhadores e trabalhadoras que estão na luta por transformação social, como também desperta o interesse do jovens para participar dessa construção política”.
 
A programação da JURA segue nos dias 09, 22, 23, 24, 29 de abril e 03 de maio. A segunda mesa da jornada, marcada para o dia 09 de abril, contará com a participação da representante do MST e da Associação dos Docentes da Universidade do Estado da Bahia (ADUNEB), Djacira Araújo, com  o tema “Educação pública: fechamento das escolas do campo e sucateamento das universidades”. O debate será realizado no Canto de tudo, localizado no Departamento de Ciências Humanas – DCH/UNEB III, às 16h. 
 
Ascom/JURA/ Fotos: divulgação/JURA

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