Estudantes da UNEB de Juazeiro realizaram manifestação contra o sucateamento e a privatização das universidades públicas

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(foto: Anna França/divulgação)

Com cartazes, faixas, apitos e gritos de guerra contra o sucateamento e a privatização das universidades públicas, estudantes dos cursos de graduação da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) Campus III, em Juazeiro, foram às ruas na tarde desta quinta-feira (11). Os alunos cobraram do governador Rui Costa (PT) o repasse de mais verbas e investimentos na instituição. O ato foi encerrado no Paço Municipal, sede da gestão municipa.

Utilizando frases como “Eu Defendo a UNEB”, “Rui Costa exigimos professores”, “Educação não é mercadoria” e “Não à privatização”, os manifestantes chamaram atenção da sociedade juazeirense para a atual situação da instituição. Faltam pinceis nas salas de aula e papel higiênico e sabonetes nos banheiros. Equipamentos básicos como datashow, caixas de som e laboratórios estão sem manutenção.

“Queremos mostrar os problemas que nós estudantes estamos enfrentando na UNEB. Sem laboratórios eficientes não produzimos conteúdo, consequentemente não colocamos em prática os ensinos de sala. Vários professores estão sem contrato, ou seja, estamos sem aula em algumas disciplinas. Fico triste quando vejo essas lacunas na universidade. Esses problemas estão ameaçando meu futuro”, considera a estudante Ellen Lessa, do 2º período de Jornalismo.

(foto: Anna França/divulgação)

O ato dos estudantes também foi em apoio à greve dos docentes, deflagrada na última quinta-feira (4) pela Associação dos Docentes da Universidade do Estado da Bahia (Aduneb). Para Maryangela Aquino, professora do curso de Direito, o apoio dos estudantes contribui para o fortalecimento do movimento.

“É uma demonstração de que esse momento não é apenas pedindo a reparação dos nossos salários que estão defasados, e sim uma luta pela existência, permanência e melhoria da UNEB. A mobilização dos estudantes vem pra mostrar, não somente para a sociedade, mas também para o próprio governador, que eles (os alunos) são o motivo da existência da universidade e que a realidade vivida no dia-a-dia é de descaso. É isso que estamos denunciando”, disse.

Relembre as reivindicações da categoria

Como parte da programação de mobilização, na próxima segunda-feira (15), haverá uma aula pública para discutir a história da educação de pessoas negras no Brasil, a partir das 18h30, no Canto de Tudo do Departamento de Ciências Humanas (DCH) do Campus III.

Além da UNEB, a Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) e Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) iniciaram oficialmente a greve na terça-feira (9), por tempo indeterminado. Na Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), a greve foi aprovada quarta (10) e começa oficialmente na segunda-feira (15).

Da Redação

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