Em assembleia, docentes da Uneb decidem pela manutenção da greve; ato público acontece hoje em Salvador

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(foto: divulgação/Aduneb)

Com 243 votos favoráveis, docentes da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) decidiram pela manutenção da greve da instituição, em assembleia realizada na tarde desta quarta-feira (24), no Campus I da universidade, em Salvador. Segundo a coordenação da Associação dos Docentes da Universidade do Estado da Bahia (Aduneb), embora a mesa de negociação tenha iniciado, a proposta do governo ainda está longe de contemplar as necessidades da categoria e das Universidades Estaduais da Bahia (Ueba).

Um dos pontos da pauta que o governo abriu diálogo diz respeito aos direitos trabalhistas. O número de promoções sugerido para a Uneb e para a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), segundo a Aduneb, não contemplam todos as/os professoras/es que aguardam na fila e, atualmente, são desrespeitados. “Quanto as alterações de regime de trabalho, houve o aceno sobre a possibilidade de implantação, mas sem uma proposta concreta, até o momento”, diz a associação.

Sobre a questão orçamentária, o governo divulgou a liberação de R$ 36 milhões, que deverão ser repartidos entre as quatro universidades estaduais da Bahia. “A coordenação da Aduneb esclarece que tal recurso não representa acréscimo financeiro, e sim a antecipação de uma parte do orçamento já previsto para este ano. Apenas nos últimos dois anos mais de R$ 110 milhões foram contingenciados das Ueba”, segundo a associação.

Em virtude disso, a Aduneb reforça que a greve dos docentes seguirá forte, em toda a Bahia, até que o governo estadual faça uma proposta que contemple as reivindicações da categoria.

Corte de salários

De acordo com a Aduneb, está circulando informações possibilidade de corte dos salários dos docentes, o que não foi confirmado oficialmente. A assessoria jurídica recomenda cautela e informa que todas as ações jurídicas preventivas foram tomadas.

“Além disso, os advogados continuam em plantão, caso seja necessário impetrar mandado de segurança em prol das/os professoras/es. Uma ação declaratória de legalidade da greve já foi protocolada na justiça. Todas as normas legais foram respeitadas, inclusive a manutenção dos 30% dos serviços da universidade”, diz a associação

O possível corte de salários foi analisado pela assembleia desta quarta-feira como uma tentativa de intimidação do movimento grevista. A ameaça do governo fortaleceu ainda mais o movimento docente que, desde 2016, vinha tentando negociar a pauta de reivindicações da categoria e aposta na continuidade do diálogo.

Ato público

Um grande ato público, deve reunir professores, estudantes e servidores técnicos, em defesa das Uebas nesta quinta-feira (25), no Campo Grande, em Salvador, a partir das 14h. Será um ato unificado entre a Uneb, Uesb, Uesc e Uefs.

Ônibus de várias regiões do estado trarão à capital manifestantes dos campi do interior. A expectativa é que a manifestação tenha a participação maciça dos estudantes, que também deflagrou greve e possui uma extensa pauta de reivindicações que foi entregue ao governo por intermédio do Fórum das ADs. Embora os representantes do governo tenham informado que agendarão uma reunião com representações estudantis, até o momento nada foi marcado.

Da Redação

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