Parlamentares receberam dossiê sobre passado de Moro antes de sabatina na CCJ

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Parlamentares receberam um dossiê com informações relativas ao passado do ministro da Justiça Sergio Moro na magistratura às vésperas de seu depoimento na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. As informações são da coluna Painel, do jornal Folha de São Paulo, desta quarta-feira (21). Na última quarta-feira (19), Moro esteve voluntariamente no parlamento para responder ao conteúdo das matérias publicadas pelo The Intercept.

O veículo tem publicado uma série de mensagens trocadas entre o ex-juiz, o procurador Deltan Dallagnol e membros do Ministério Público Federal (MPF) participantes da operação Lava Jato. Os diálogos revelam que o ministro de Bolsonaro instruía e opinava diretamente no trabalho desempenhado pela força tarefa da Lava Jato.

Segundo a Painel, um dos relatos revela que em 2005, Moro foi alertado por um criminoso chamado Tony Garcia de que seu gabinete havia sido grampeado por ele e outro comparsa. Assim, Garcia tornou-se delator. Na época, Moro teria autorizado medidas contra quem o gravou antes de se afastar do processo. A conduta foi questionada na Justiça sob o argumento de que Moro não poderia ter instruído a ação, sendo ele próprio vítima da delito.

Moro autorizou quebra de sigilos a pedido do Ministério Público e depois se afastou do caso. Também de acordo com a publicação, Roberto Bertholdo é nome do advogado acusado e condenado no caso que envolveu o grampo ilegal. Seu recurso ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) foi relatado pela ministra Laurita Vaz. Ela negou todos os pedidos do defensor em votos posteriormente confirmados pela maioria de seus pares.

“Ao que consta, Tony Garcia e o Ministério Público Federal firmaram acordo de delação premiada […], sendo o réu, por força desse acordo, posto em liberdade com o objetivo de colher provas”, defendeu a ministra. Durante a sabatina da CCJ, o senador Renan Calheiros (MDB) questionou Moro sobre delações fechadas por ele antes da regulamentação das colaborações, em 2013. Na ocasião, Calheiros também pediu para o ex-juiz comentasse a atuação do ex-procurador Marcello Miller, que selou delações notabilizadas pelo uso de grampos ocultos.

Fonte Bocão News

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