Sociedade civil, estudantes e integrantes da rede de enfrentamento à violência doméstica estiveram presentes na ação que também marcou o início da programação pelo aniversário de 11 anos da Lei Maria da Penha.
A Caravana, um projeto educativo e cultural que se integra ao conjunto das políticas públicas que o governo estadual vem desenvolvendo, irá passar por mais 29 cidades em todo o Estado buscando o fortalecimento e a capacitação da rede de atenção à mulher nesses locais. “Ficamos felizes em sediar um evento como este, tão importante para discutir as políticas públicas de enfrentamento à violência doméstica. As dificuldades ainda são muitas, mas estamos trabalhando para o fortalecimento desta discussão e acreditamos que só conseguiremos evoluir se trabalharmos em rede”, declarou a secretária de Desenvolvimento Social, Mulher e Diversidade de Juazeiro, Cida Gama.
Os participantes foram divididos em eixos de discussão que envolveu rede, juventude e sociedade civil. O objetivo maior foi engajar as comunidades no processo de discussão, reflexão e ações de enfrentamento à violência de gênero. “O desafio é imenso, mas reafirmamos nosso compromisso de lutar contra a violência doméstica. Estamos unidos neste enfrentamento”, ressaltou a representante do Instituto Avon, também parceira na ação.
A secretária da SPM, Julieta Palmeira, lembrou a importância da realização da Caravana na data de criação da lei que criou mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar. “Esta caravana também é um marco importante pelo aniversário da Lei Maria da Penha, lembrado neste 7 de agosto, uma conquista de todas nós mulheres. A Maria da Penha foi de fundamental importância, mas não precisamos só de leis, é necessário que elas sejam devidamente aplicadas”, afirmou.
Ela ainda ressaltou que o empoderamento feminino é essencial nessa discussão. “Não é possível mais aceitarmos que mulheres estejam morrendo apenas pelo fato de serem mulheres. Temos que refletir sobre essa questão e dá visibilidade às estatísticas para não naturalizá-las e torná-las comuns. É necessário entender o que está acontecendo. Não é o curso natural tantas mulheres ainda morrerem dessa forma. Opressão de gênero e machismo é o que ainda sofremos e não podemos mais aceitar”, completou.
A Caravana trouxe também a apresentação teatral de “As rosas democráticas” – grupo de Salvador, que abordou a questão da violência contra a mulher.
Por Fabiana Diniz/SEDES