Petrolina-PE: Em carta de desabafo, professores da rede municipal criticam contratações temporárias

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Professores e professoras contratados da rede municipal de Petrolina-PE, enviaram ao Portal Preto No Branco, uma carta de desabafo sobre o que eles chamam de “discriminação entre os professores das Redes Públicas de Ensino”. Os educadores foram contratados através do sistema REDA, em 2016.

Na carta, os professores e professoras criticam as contratações temporárias, que não assegura a eles, direitos fundamentais e garantidos ao professores efetivos.

Leia a carta na íntegra:

Carta de desabafo dos professores contratados de Petrolina-PE:

Em muitos lugares do Brasil existe uma grande discriminação entre os professores das Redes Públicas de Ensino. Existem aqueles foram efetivados e possuem assegurados os seus direitos e existem os que, ano após ano, são simplesmente contratados pelo prazo do ano letivo para fazer a mesma função dos efetivos, sem se beneficiar dos mesmos direitos. E no município de Petrolina não é diferente essa descriminação. Trata-se de uma questão econômica: é muito mais barato para a Administração Municipal contratar um professor por um prazo determinado limitado ao ano letivo, sem o registro na Carteira de Trabalho e Previdência Social e sem o recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, do que manter regularmente um professor efetivo na função, que recebe salário no período das férias escolares. Além disso, os professores efetivos têm um plano de carreira, incorporam gratificações de tempo de serviço e evolução funcional aos salários e possuem todos os direitos trabalhistas de um servidor estatutário, enquanto os professores contratados recebem apenas as horas trabalhadas no período de seu contrato. A pessoa estuda a vida inteira, se esforça para entrar e se manter numa faculdade para então se formar professor. Em seguida o professor paga uma taxa de inscrição, presta um concurso público e consegue ser aprovado. Mas, em vez de ser efetivado lhe é oferecido um contrato de trabalho com os mesmos deveres e obrigações do professor efetivo, porém com um salário menor e sem os mesmos direitos. Ano após ano o professor segue sua sina: participa da atribuição, faz exames médicos e assina seu contrato, sempre depois do início do ano letivo, geralmente no mês de março, para cumprir um ano letivo inteiro e ser dispensado em dezembro. Como presente de boas festas a prefeitura corta salário de janeiro, e o professor deixa de existir, até que assine um novo contrato no ano seguinte. E receberá em fevereiro os dias que são proporcionais aos dias letivos do mês. E de presente de Natal a prefeitura do novo tempo não vai fazer diferente, com os professores contratado com um contrato até trinta de dezembro de 2017, deixando os professores contratados a mercê, sabendo que essas pessoas precisam dessa renda para o seu sustento familiar e é notório que o mês de janeiro é o mês dos impostos e mais uma vez, o professor fica, angustiados, apreensivo com toda essa situação. Não existe um mínimo de bom senso por parte do novo tempo em rever essa situação desses professores que desenvolver o seu trabalho com êxito e resultados. Além disso, a Secretaria de Educação mandou para as escolas municipais, contratos com validade até 30 de dezembro de 2017, com os números de RG iguais, para todos os contratados e agora estão nos pressionando a assinar os documentos, mesmo com esse erro.

 

5 COMENTÁRIOS

  1. Infelizmente os alunos são os mais que perderão com essa nova seleção. Sabemos que a troca de professores no segundo semestre de 2016 afetou e muito os resultados dos alunos e nessa nova troca repetirá os mesmos problemas anteriores.
    Senhora secretária de Educação, para se ter um bom desempenho dos alunos não é apenas necessário que o professor tenha uma boa didática e que domine o conteúdo é necessário que haja uma boa interação entre professor e aluno.

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