Arquivos Mensais: maio 2018

Ator Danny Glover pede liberdade de Lula em Curitiba

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O ator e ativista americano Danny Glover, embaixador da ONU para os direitos humanos e assuntos raciais, pediu nesta quarta-feira (30), em Curitiba, a liberdade do ex-presidente Lula.

Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, Glover acompanhou ontem o “Boa noite, Lula”, uma vigília diária realizada por simpatizantes desde o dia 7 de abril, quando o petista foi preso. “Povo brasileiro, a minha presença aqui não é simbólica, estou aqui representando milhares de pessoas no mundo que exigem que Lula seja libertado”, disse o artista.

BN

Racismo Institucional: Só depois de um mês, pais conseguem registrar filha como Pérola Negra, em Juazeiro

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Após um mês sem conseguir registrar a filha em uma extensão do Cartório de Juazeiro-BA, o casal Alessandra Rodrigues e Edilson Santos, finalmente conseguiu na justiça que a criança tenha em seus documentos, o nome escolhido pela família. Pérola Negra nasceu no dia 30 de abril, no Hospital da Mulher, em Juazeiro.

Em entrevista ao Portal Preto No Branco, o redutor de danos e pai de Pérola Negra, Edilson, contou que recebeu ontem (30), um parecer favorável à uma solicitação encaminhada para a juíza de registro público de Juazeiro.

“Nunca pensei que o nome da minha filha pudesse ser negado por um cartório. A ficha demorou para cair. Foi um mês de sono perdido, de um certo medo da possibilidade de não poder registrar a nossa filha com um nome que a gente escolheu ainda durante a gestação. Então é um alívio agora poder estar com esse registro em mãos”, declarou o pai de Pérola Negra.

O impasse teve início quando ele tentou registrar a filha na extensão do cartório que fica na Maternidade municipal. “A funcionária do cartório se negou a registrar minha filha, alegando que não existe significado para o nome Pérola Negra, o que não é verdade, já que o mesmo consta no dicionário. Além disso ela afirmou que o nome traria ‘constrangimentos’ futuros para a criança. Apesar dos meus argumentos, a funcionária continuou a recusa e chegou a sugerir que a gente desistisse do nome Negra e a registrasse apenas como Pérola, o que não aceitamos”, relatou Edilson.

Ainda de acordo com ele, apesar da funcionária do cartório afirmar que o órgão tem autonomia para não aceitar registros de nomes que possam causar futuros constrangimentos, a mesma não apresentou nenhum critério que justificasse a decisão. “Após 15 dias, retornei ao local em busca de respostas para a situação, mas desta vez,  fui atendido pela coordenadora do cartório. Após informar que ainda não havia decisão da juíza, ela também sugeriu que seria mais fácil mudar nome da minha filha, para que o registro fosse feito naquele momento e que se a mudança não fosse feita, eu teria que aguardar”, acrescentou o pai de Pérola Negra.

Também em entrevista ao PNB, a mãe da menina disse que por conta da situação, não pôde dar entrada no salário maternidade durante o período de espera e Edilson ficou impossibilitado de receber o abono salarial. O casal também são pais de Lázaro, de 3 anos.

Alessandra também afirmou que o caso reflete o quanto a sociedade em que vivemos é racista. “Esperamos que esse caso sirva de exemplo, para que outras Pérolas Negras possam existir e para que outras famílias negras não venham sofrer tal constrangimento. Esperamos também que as funcionárias do cartório repensem suas atitudes, que elas sigam a lei e não saiam propagando o racismo. Esperamos ainda que a sociedade possa refletir até onde existe racismo no Brasil, até onde o nosso racismo é velado, até onde o racista é só o outro. Não ceder a essas imposições é resistir e não negar a nossa negritude. É fazer com que a sociedade reflita o motivo pelo o qual existem várias mulheres registradas com o nome “Branca”, mas Pérola Negra não pode ser aceito”, desabafou Alessandra Rodrigues.

Depois de um mês e agora com o registo de nascimento da filha em mão, o casal finalizou a entrevista destacando o quanto “é importante que outras famílias possam também valorizar as culturas africanas e indígenas, colocando nomes que retratem esses povo que também construíram esta nação” .

O constrangimento vivido por esta família chama atenção para o racismo institucional, que se caracteriza por qualquer sistema de desigualdade que se baseia em raça e ocorre em “instituições como órgãos públicos governamentais, corporações empresariais privadas e universidades (públicas ou privadas). “O fracasso coletivo de uma organização em fornecer um serviço adequado e profissional às pessoas por causa de sua cor, cultura ou origem étnica”.

A força do racismo institucional está presente na sociedade, e o caso de Pérola Negra é um exemplo que disso.

Um caso, certamente entre tantos, que deve ser denunciado, apurado, combatido. Um caso em que se comprova que a ignorância, irmã do racismo, ainda é presente em pleno século XXI.

Em 2018, a pequena Pérola Negra chega ao mundo como vítima de um sistema racista. O ato da funcionária do cartório é passível de punição. Para ela vai uma informação: Pérola. Pérola vem do latim “perla”, que significa”pérola”, uma pedra que se forma dentro de certas conchas de moluscos e é usada para fazer joias. A pérola é a pedra da sorte do mês de junho, e que supostamente confere saúde e riqueza.

Para os pais, um lembrete: Procurem a justiça para que o caso seja punido com o rigor da lei. Racismo é crime! É inaceitável!

Para a administração do cartório, que vamos ouvir doravante, um aviso: Melhorem! Invistam na qualificação de seus funcionários e não reforcem um comportamento extremamente ultrapassado que traz diversas consequências para a sociedade, como a intolerância, a violência e até a guerra.

Da Redação Por Yonara Santos

 

“Democracia é o único caminho”, afirma Cármen Lúcia sobre crise

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(foto: reprodução)

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, fez uma defesa enfática do regime democrático de direito, ao abrir a sessão plenária desta quarta-feira (30). O discurso foi feito em referência à crise de abastecimento pela qual passa o país após 10 dias de paralisação de caminhoneiros.

“A construção permanente do Brasil é nossa, e ela é permanente, democrática e comprometida com a ética. Não há escolha de caminho. A democracia é o único caminho legitimo”, afirmou a presidente do STF.

Antes, ela reconheceu que “também na democracia se vivem crises”, mas acrescentou que “dificuldades se resolvem com a aliança dos cidadãos e a racionalidade, objetividade e trabalho de todas as instituições, de todos os poderes”.

“A democracia não está em questão. Há questões sócio-político e financeiras nas democracias também, mas o direito brasileiro oferece soluções para o quadro apresentado e agora vivido pelo povo brasileiro”, disse.

Intervenção militar
Em centenas de pontos de manifestação nas rodovias, foram registradas faixas e declarações pedindo uma intervenção militar no Brasil. Indiretamente, foi esse tipo de atitude que a presidente do STF desencorajou.

“Não temos saudade senão do que foi bom na vida pessoal e em especial histórico de nossa pátria. Regimes sem direitos são passados de que não se pode esquecer nem de que se queira lembrar”, disse Cármen Lúcia em referência a regimes não democráticos, como a ditadura militar.

Ela garantiu que o Poder Judiciário trabalha para assegurar os direitos dos brasileiros durante o período de crise. “Não se há de deixar ao povo o sofrimento pela carência de aplicação do direito, para isso somos juízes e não nos afastaremos de nossos deveres”.

Agência Brasil

Conheça Marilson e saiba o que a salada de frutas dele tem de diferente

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Dois anos do PNB: Vamos rever algumas reportagens que produzimos ao longo deste tempo.

Relembre hoje a história de vida e a famosa salada de frutas de Marilson Silva. Nessa reportagem, você vai aprender a fazer essa delícia.

Da Redação

Ministro do STF determina multa de R$ 141 milhões a transportadoras e TST aumenta para R$ 2 milhões a multa diária por greve dos petroleiros

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Paralisação dos caminhoneiros

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou ontem (30) que 96 transportadoras paguem, em 15 dias, R$ 141 milhões em multas pelo descumprimento da liminar que determinava o desbloqueio imediato das rodovias. O ministro atendeu a um pedido feito pela Advocacia-Geral da União (AGU). Moraes também determinou a penhora dos bens das transportadoras se o pagamento das multas não foi feito no prazo determinado.

Na semana passada, em outra decisão sobre a paralisação de caminhoneiros, Moraes autorizou o desbloqueio, com uso de força policial, das rodovias do país, paralisadas pelo movimento nacional de caminhoneiros desde o dia 21 de maio.

Na decisão de hoje, o ministro entendeu que as transportadoras impediram a circulação de veículos nas estradas e causaram graves transtornos à população. A constatação de descumprimento da liminar foi baseada em levantamento da Polícia Rodoviária Federal (PRF) sobre os bloqueis das vias.

Greve dos pretoleiros

A ministra Maria de Assis Calsing, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), aumentou nesta quarta-feira (30) de R$ 500 mil para R$ 2 milhões a multa diária aplicada aos sindicatos dos petroleiros que aderirem à greve da categoria. A informação é do site G1.

De acordo com a publicação, ao revisar o valor da multa, o TST atendeu parcialmente a um pedido da Advocacia Geral da União (AGU), que queria o aumento, mas pedia R$ 5 milhões.

Na terça (20), o tribunal considerou ilegal a greve dos petroleiros por entender que a paralisação tem “caráter abusivo”.

Para Maria de Assis Calsing, “é potencialmente grave o dano que eventual greve da categoria dos petroleiros irá causar à população brasileira”. Apesar da decisão do TST de considerar a greve ilegal, a categoria decidiu paralisar as atividades por 72h.

Ao estipular nesta quarta a multa de R$ 2 milhões, a ministra do TST afirmou que os documentos apresentados pela AGU “dão conta do efetivo e deliberado descumprimento da ordem judicial”.

Com informações da Agência Brasil e do Bocão News

UPB orienta reduzir despesas prevendo queda de receitas

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(foto: divulgação)

Com a greve dos caminhoneiros entrando no nono dia, os municípios brasileiros já esperam queda de receita, com a desaceleração da economia no período. De acordo com o presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), Eures Ribeiro, a orientação é que os municípios reduzam todas as despesas possíveis para garantir o pagamento dos servidores e fornecedores em dia.

“O momento é de apertar o cinto. Nossa previsão é que os repasses de ICMS e do Fundo de Participação dos Municípios sofram uma queda brusca de até 30%. Então, fazemos esse alerta aos prefeitos de cortar despesas para tentar manter o funcionamento normal dos serviços e o pagamento da folha de pessoal em dia”, explicou Eures Ribeiro que também é prefeito de Bom Jesus da Lapa, no Oeste baiano.

Ascom/UPB

Distribuidoras dizem que abastecimento deve chegar a 100% amanhã

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Motoristas formam fila à espera de combustível. Nos postos visitados, apenas havia diesel S10.

O presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom), Leonardo Gadotti Filho, disse nesta quarta-feira (30) que a normalização do abastecimento de combustíveis nos postos deve ocorrer até amanha (31).

“A gente está agora com um volume próximo de 75% de um dia normal, praticamente amanhã acho que a gente chega a 100%”, disse Gadotti Filho no final da tarde de hoje, após reunião com o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, para tratar da normalização do abastecimento.

Segundo Gadotti Filho, ainda vai demorar um pouco para que as filas nos postos terminem. Nesta quarta-feira, depois de vários dias sem combustível nos postos de gasolina, várias cidades do país ainda registram filas abastecer carros e motos.

Até ontem (29), as principais distribuidoras do país trabalhavam com prazo de uma semana para que os carregamentos de combustíveis até os postos fossem regularizados. O representante das distribuidoras argumentou que o motivo para o prazo é o tempo para levar o combustível aos cerca de 42 mil postos de todo o país.

“Os serviços essenciais todos já foram atendidos, a gente segue uma ordem de prioridade: serviços essenciais, aeroportos, empresas de ônibus, etc”, disse. “Estamos trabalhando a 100%; logicamente que a gente precisa trabalhar a 120%, 130% para poder repor estoques, mas amanhã a gente já chega a 100% nos postos”, afirmou.

Redução no preço do diesel
Questionado a respeito de quando a redução de R$ 0,46 no preço do óleo diesel chegaria às bombas dos posto, Gadotti Filho disse que as distribuidoras estão aguardando as ações do governo nesse sentido e que não há uma estimativa de prazo.

A redução do preço do diesel pelo prazo de 60 dias foi acordada pelo governo com os caminhoneiros, como uma das medidas para a suspensão da greve. O governo editou duas medidas provisórias para concretizar a redução.

Os tributos federais incidentes no diesel são a Cide (R$ 0,05 por litro) e o PIS/Cofins (R$ 0,41 por litro). A Cide será zerada e haverá redução de R$ 0,11 no PIS/Cofins (mantendo-se R$ 0,30 por litro), ou seja, a redução pela desoneração será de R$ 0,16.

Já a redução de R$ 0,30 por litro de diesel será viabilizada por meio de uma subvenção econômica, paga pelo governo às refinarias, que atinge a Petrobras, demais refinarias nacionais e os importadores – responsáveis por 25% do consumo interno.

“Na medida em que o produto chega com um preço novo, com a redução, isso é repassado para a ponta. O mercado cuida de fazer essa redução no preço de bomba. Quem cuida da redução do preço na bomba é a competição de mercado”, disse.

Agência Brasil

Greve dos caminhoneiros: rodovias são desbloqueadas na Bahia

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(foto: divulgação/SSP-BA)

Os pontos de bloqueio em rodoviais estaduais e federais que cortam a Bahia, por causa da paralisação nacional dos caminhoneiros, foram desobstruídos. O anúncio foi feito na tarde desta quarta-feira (30), pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) e Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Segundo a SSP, a operação conjunta do Batalhão de Choque (BPCHq), Grupamento Aéreo (Graer) e Companhias Independentes de Policiamento Especializados (Cipes), encerrou os protestos em seis cidades.

Na BR-116, no KM 01, próximo da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), os dois pontos de manifestação foram desocupados e barracas e banheiros químicos começaram a ser retirados. Guarnições das 65ª e 66ª Companhias Independentes da Polícia Militar (CIPMs) ocuparam os locais após desmobilização.

Em Itatim, Eunápolis, Itaberaba e Itacaré, a SSP garante que as negociações também encerraram as manifestações e os caminhões já circulam livremente. Desde o início da paralisação até a manhã desta quarta-feira 101 multas foram aplicadas, nas rodovias estaduais, para os motoristas que, mesmo após advertência, permaneceram com veículos estacionados em acostamentos.

Bocão News

Caminhoneiro é morto após passar por manifestação em Rondônia; governo divulga número denunciar abusos

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(foto: reprodução)

Um caminhoneiro morreu hoje (30) em Rondônia, após ser atingido por uma pedra ao passar por um bloqueio montado na BR-364, próximo à cidade de Vilhena (RO), na divisa com o Mato Grosso.

Segundo o Pelotão de Trânsito da Polícia Militar de Rondônia, o motorista tinha acabado de passar por manifestantes. Testemunhas relataram que o caminhão foi perseguido e ultrapassado por um veículo cujos ocupantes arremessaram uma pedra que quebrou o para-brisa e atingiu a cabeça do caminhoneiro, que morreu no local. Policiais militares e rodoviários federais estão no local, apurando as circunstâncias do ocorrido.

A Polícia Militar afirma que já tem informações para identificar o veículo e os manifestantes suspeitos de participação no crime. A identidade do caminhoneiro que morreu ainda não foi divulgada.

Esta é a primeira morte diretamente associada às manifestações dos caminhoneiros, que começaram no último dia 21.

Abusos

O governo divulgou na tarde de hoje (30) um número de telefone para os caminhoneiros denunciarem comportamentos abusivos de grevistas nas estradas. Eles podem contatar as autoridades via whatsapp caso estejam sendo impedidos por grevistas de seguir viagem. O número é o (61) 99154-4645. A iniciativa foi anunciada mais cedo pelo ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, em entrevista coletiva realizada no Palácio do Planalto.

Desde segunda-feira (28) governo deu por encerradas as negociações com os grevistas e entende que as entidades representantes da categoria já aceitaram o acordo e se desmobilizaram. No entendimento do governo, os caminhoneiros ainda parados o fazem por questões políticas, e não trabalhistas.

Agência Brasil