Novo presidente da Funarte diz que ‘Rock leva ao aborto e ao satanismo’; Presidente da Biblioteca Nacional associa Caetano Veloso ao analfabetismo

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O músico Dante Mantovani, nomeado nesta segunda-feira, 2, como o presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte), possui um canal no Youtube em que fala sobre música erudita e teorias da conspiração, e disse, em um vídeo publicado no dia 30 de outubro, que “o rock ativa a droga que ativa o sexo que ativa a indústria do aborto”.

Diferente das suas outras redes sociais, o canal foi mantido no ar. Em um dos vídeos, intitulado “Qual a relação entre os Beatles e Adorno?”, no canal que leva seu nome e tem 6 mil inscritos, o maestro fala que a União Soviética “mandou agentes infiltrados para os Estados Unidos para realizar experimentos com certos discos realizados para crianças” para desestabilizar a juventude americana, e deu como exemplo o surgimento de Elvis Presley na década de 1950.

Depois disso, Mantovani cita Woodstock, que foi um festival de música que aconteceu em 1969, e disse que os Beatles “colocaram em prática as ideias da Escola de Frankfurt” para destruir a cultura ocidental. Sobre o festival, o maestro ainda acrescentou que existem indícios de que “a distribuição em larga escala de LSD foi feita pela CIA (Agência Central de Inteligência)” durante o evento.

E concluiu: “O rock ativa a droga que ativa o sexo que ativa a indústria do aborto. A indústria do aborto por sua vez alimenta uma coisa muito mais pesada que é o satanismo. O próprio John Lennon disse abertamente que fez um pacto com o diabo para ter fama”.

Mas em 2018, o maestro já confessou gostar e acompanhar o trabalho de duas bandas do gênero: Metallica e Angra.

Dante também é admirador das ideias de Olavo de Carvalho, o citou inclusive em sua tese de doutorado, e também produziu o curta-metragem “Deus acima de todos” sobre a eleição de Jair Bolsonaro e a fé do eleitorado. As informações são do O Globo.

Analfabetismo

O novo presidente da Biblioteca Nacional, Rafael Nogueira, nomeado hoje (2) pelo governo de Jair Bolsonaro, é admirador de Olavo de Carvalho, “guru dos bolsonaristas”, de José Bonifácio e trata sobre temas polêmicos nas suas redes sociais e em vídeos no YouTube.

Autointitulado “aspirante a filósofo” ele comenta sobre supostas fraudes nas urnas eletrônicas, a saída de Bolsonaro do PSL, entre outros assuntos. Em uma publicação no Twitter em 2011, ele diz: “Cadê nossa literatura? Quem é o herdeiro atual de Machado de Assis? Cadê a nossa filosofia? Espero que o legado de Olavo de Carvalho resolva…”.

Em 2017, o novo presidente da Biblioteca Nacional associou Caetano Veloso, Legião Urbana e Gabriel O Pensador ao analfabetismo. “Livros didáticos estão cheios de músicas de Caetano Veloso, Gabriel O Pensador, Legião Urbana. Depois não sabem por que está todo mundo analfabeto”, escreveu ele.

Catraca Livre/Metro 1

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