Em texto divulgado nas redes sociais, Cláudia Dantas, mãe do jovem Alisson Dantas, pediu mais uma vez, justiça para o caso do filho, que foi assassinado aos 18 anos com golpes de facão, em outubro de 2015, em Petrolina-PE.
O acusado de cometer o crime, Rezielio Alves de Almeida, de 52 anos, ficou foragido por quase três anos e foi encontrado no dia 29 de maio de 2018, em Ponta Grossa – PR. Hoje, após quase dois anos da prisão, o suspeito ainda não foi transferido para Petrolina, onde o crime ocorreu.
No texto, Cláudia fala sobre a Audiência de Custódia, que ocorreu através de vídeo conferência no dia 08 de dezembro de 2019. Ela cobra ainda, que o acusado seja recambiado, julgado e sentenciado em Petrolina, solicitação que a família vem fazendo desde a prisão do suspeito.
Cláudia finaliza o texto afirmando os advogados de defesa de Rezielio estão solicitando que o mesmo seja julgado no Paraná, e que os familiares do jovem vão continuar lutando para que isso não aconteça.
Veja o texto na íntegra:
Inicio o ano de 2020 tomada pela profunda e eterna dor da saudade do meu filho Allison Dantas. Sei que muitos podem imaginar esse buraco deixado em minha alma, mas não podem medir a sua extensão. Dor da ausência que carrego de um filho no qual teve, aos 18 anos, a vida interrompida pelo Rezielio Alves de Almeida, que o sentenciou ao seu destino chamado morte.
Gostaria de compartilhar com vocês o meu receio e a minha angústia, mas também me agarrar a esperança e a fé após a audiência de instrução, através de vídeo conferência, que participei no dia 08 de dezembro de 2019. Conferência na qual mesmo escolhendo não ver o assassino do outro lado da tela todo cheio de vida, respirando tranquilamente, foi quase que impossível, pois diversas vezes a sua imagem aparecia.
Imaginem vocês o abalo que ficou a minha mente, após 4 anos tentando sempre resgatar as melhores fotos do meu filho em seus melhores momentos e sorrisos, tive que rever, ainda sem querer, fotos com as piores cenas que traziam o seu corpo já limpo, porém com os cortes em total profundidades e tamanhos inimagináveis, que nenhuma mãe jamais deveria ver. Naquele momento desabei. Foi um soco no estômago. Minha alma gemeu. Todas as emoções se misturaram. Ao mesmo tempo em que eu estava voltando a reviver aquela cena de 4 anos atrás, por outro lado eu clamava a Deus reconhecendo que o caso do meu filho não caiu no esquecimento. Finalmente algo estava sendo feito.
O que quero deixar expresso é que o assassino seja trazido, julgado e sentenciado em nossa cidade (Petrolina _PE) e quero informar a vocês que os advogados e familiares dele estão lutando com tudo para que o mesmo seja julgado no Paraná, local onde encontra-se preso atualmente.
Nem eu e nem vocês podemos aceitar tamanha injustiça. Vamos clamar para que ele seja julgado aqui,onde ele ceifou a vida de um inocente. A nossa sociedade merece essa resposta.
Queremos que vá a um juri popular, que a sentença saia, e assim possamos lotar o fórum nesse dia.
Da Redação