(foto: Gil Santos / Correio)
Após uma noite de protesto no Colégio Estadual Odorico Tavares, estudantes, pais e professores deixaram o prédio por volta de 1h30 desta quarta (22). Segundo a Secretaria de Comunicação do governo, a saída ocorreu de forma pacífica.
Durante toda a ocupação, a Polícia Militar fez um cerco na escola, o que impediu a entrada de mais manifestantes em apoio à comunidade estudantil. Mas hoje, com a saída dos alunos, a corporação se mantém no local. O Centro Integrado de Comunicações (Cicom) da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA) informou ao Bahia Notícias que, ao menos até 5h50 de hoje, a corporação tinha uma viatura na porta da escola.
Na noite de terça, a ex-aluna Ester Nepomuceno já havia dito ao BN que o grupo até estava recebendo apoio nas redes sociais e doações de pessoas que queriam colaborar com a causa, mas a polícia tentava barrar o acesso de outros manifestantes (veja aqui).
O protesto é contra o fechamento do colégio, cujo projeto de venda já foi enviado pelo governador Rui Costa (PT) à Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) (saiba mais aqui).
A gestão petista argumenta que a venda do terreno vai permitir a construção de novas escolas. “A empresa que me entregar mais escolas, seis, sete, oito, vai levar”, chegou a dizer o governador em dezembro (veja aqui).
Por outro lado, a comunidade estudantil afirma que a unidade vem sendo sucateada e que o processo de fechamento é feito sem diálogo. Na carta em que anunciaram a ocupação, os alunos disseram que o fechamento, na verdade, é “um processo de higienização social e de impedimento da circulação de pessoas de classes sociais mais humildes pelas áreas nobres da cidade (veja aqui). O Odorico está localizado no Corredor da Vitória, um dos bairros mais ricos de Salvador. (Atualizada às 8h02)
Bahia Notícias