(foto: Carolina Antunes/PR)
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (22), em reunião com secretários estaduais de Segurança, que analisará a recriação do Ministério da Segurança Pública.
Junto com pedidos por mais recursos, a sugestão foi levada a Bolsonaro pelos secretários em audiência com o presidente no Palácio do Planalto. Em resposta, Bolsonaro disse que estudará o tema e dará uma resposta “o mais rápido possível”.
O Ministério da Segurança Pública foi criado em fevereiro de 2018 pelo então presidente Michel Temer, a partir de um desmembramento do Ministério da Justiça. Comandada pelo ex-deputado Raul Jungmann, a pasta ficou responsável por Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Força Nacional de Segurança.
Ao assumir a Presidência, em 2019, Bolsonaro optou por reunir novamente Justiça e Segurança em uma única pasta, chefiada pelo ministro Sérgio Moro. Agora, o presidente pode rever o modelo.
De acordo com o Palácio do Planalto, Moro não participou da reunião com os secretários estaduais. Segundo a assessoria, ele foi recebido em audiência por Bolsonaro pela manhã. O Ministério da Justiça informou que Moro não participou do encontro com os secretários porque estava em uma reunião sobre crimes cibernéticos com representantes do governo dos Estados Unidos.
A reunião de Bolsonaro com os secretários foi transmitida por meio da página do presidente em uma rede social. Ele comandou a reunião ao lado dos ministros Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), Jorge Oliveira (Secretaria-Geral) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional).
Na transmissão, Bolsonaro citou as demandas apresentadas e questionou os secretários sobre o retorno da pasta da Segurança.
“[A série de demandas] passa pela isenção de IPI para material de segurança, passa por questões de telefonia, passa por mais recursos com fundos, e em uma proposta também que trouxeram aqui, que seria a possibilidade da recriação do Ministério da Segurança”, disse Bolsonaro, que complementou:
“Talvez, pelo anseio popular de ter dificuldade nessa área, de ser talvez o ponto mais sensível em cada estado, essa possível recriação poderia melhor gerir a questão da segurança. É esse o entendimento dos senhores?”, indagou. Os secretários responderam ao presidente: “Exatamente”. Bolsonaro então afirmou que estudará todas as demandas apresentadas.
“Então, a gente vai estudar. Estudaremos essas questões aqui e daremos uma resposta o mais rápido possível”, disse o presidente.
O secretário de Segurança da Bahia, Maurício Teles Barbosa, que lidera o colégio nacional de secretários da área, afirmou que seria “oportuno” o estudo pelo governo federal de novas formas de financiamento para o setor. Ele aproveitou a fala para sugerir o retorno de um ministério exclusivo para segurança.
“Temos que tentar de uma certa forma dar um olhar pouco mais próximo à pasta da Segurança para que a gente tenha essas questões sendo tratadas de uma forma direta”, disse Barbosa.
Além de Bolsonaro e ministros, participaram da reunião, segundo informou o Planalto, os seguintes secretários estaduais:
Anderson Gustavo Torres, secretário de Segurança do Distrito Federal;
Louismar Bonates, secretário de Segurança do Amazonas;
Maurício Teles Barbosa, secretário de Segurança da Bahia;
Rodnei Rocha Miranda, secretário de Segurança de Goiás;
Jeferson Miler Portela e Silva, secretário de Segurança do Maranhão;
Alexandre Bustamante, secretário de Segurança do Mato Grosso;
Antonio Carlos Videira, secretário de Justiça do Mato Grosso do Sul;
Ualame Fialho Machado, secretário de Segurança do Pará;
Antônio de Pádua Cavalcanti, secretário de Defesa Social de Pernambuco;
Rômulo Marinho Soares, secretário de Segurança do Paraná;
Márcio Pereira Basílio, secretário-geral da PM do Rio de Janeiro;
Mário Alves de Araújo, secretário de Segurança de Minas Gerais;
Flávio Marcos Amaral, Secretário de Gestão Administrativa da Polícia Civil Rio de Janeiro;
José Hélio Cysneiro Pachá, secretário de Segurança de Rondônia;
Olivan Pereira de Melo Júnior, secretário de Segurança de Roraima;
Paulo Norberto Koerich, secretário de Segurança de Santa Catarina;
José Pereira de Andrade Filho, secretário-adjunto de Segurança de Sergipe;
Moacir Almeida Simões, secretário do Conselho Nacional de Segurança Pública.
G1