Os dados referentes à violência no trânsito no Brasil são alarmantes. Segundo um estudo do Conselho Federal de Medicina, nos últimos 10 anos, 1,6 milhão de pessoas ficaram feridas no país e geraram um custo de R$ 3 bilhões ao Sistema Único de Saúde (SUS). Infelizmente, o cenário não é diferente no Vale do São Francisco.
O Hospital Universitário atendeu, apenas no ano passado, 8.333 pessoas em decorrência de acidentes automobilísticos, de acordo com o relatório da Unidade de Vigilância em Saúde do hospital. Mais de 70% das vítimas estavam se locomovendo com motocicletas.
O perfil dos acidentados já é conhecido: 76% são homens, 54% deles com idade entre 20 a 39 anos e 38% deram entrada no HU durante os finais de semana. Quase 20% dos condutores estavam em excesso de velocidade; 13% admitiram o uso de bebida alcoólica e 80% deles não usavam cinto de segurança ou capacete.
Um dado que vem chamando atenção é o aumento do número de acidentes envolvendo bicicletas nos últimos anos. Em 2019, foram 909 incidentes, ultrapassando a quantidade de ocorrências relacionadas a carros (514).
A chefe da Unidade de Vigilância em Saúde, Daniely Figueiredo, lembrou sobre a extensão dos danos causados pelos acidentes, que vão além das sequelas físicas. “As lesões ocorridas no trânsito provocam perdas econômicas consideráveis para os indivíduos, suas famílias e ao país. Essas perdas decorrem dos custos com tratamentos, incluindo reabilitação e investigação do acidente, bem como da redução ou perda de produtividade, decorrente de incapacidades físicas adquiridas”, comentou.
Ascom