O advogado criminalista Antônio de Almeida Castro, conhecido como Kakay, comentou sobre a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, em um grupo de juristas, no WhatsApp.
“Foi uma pena os pais desta idiota não terem feito o que ela prega. Se não tivessem trepado, estaríamos livres dela”, disse Kakay.
Segundo informações da coluna Radar, da Revista Veja, outro integrante do grupo, o advogado Felipe Zanchet, continuou a conversa: “Devem ter fecundado ela na posição de quatro – menos respeitosa do que o papai e mamãe coberto. Ops: ofendi os moralistas de plantão”, comentou.
Ao tomar conhecimento da conversa, a ministra usou as redes sociais para criticar o fato. “O que tenho sido atacada por homens loucos que destilam ódio a mulheres já passou dos limites. Ontem, em um grupo de WhatsApp, um famoso advogado, conhecido em todo o Brasil, disse coisas absurdas sobre mim. Uma delas foi que meus pais ‘devem ter transado de quatro para terem gerado esta aberração’”, denunciou a ministra, que também acionou a Advocacia Geral da União para processar o advogado.
Procurado pela coluna da Veja, Kakay disse que “denunciação caluniosa é crime” e que não teve intenção de ofender.
“A ministra terá que acionar metade do Brasil, por tudo o que li na imprensa sobre a proposta mais recente dela, violentamente criticada por todo o país. Mas se insistir nisso, deverá se cuidar para não cometer o crime de denunciação caluniosa, pois sua assessoria jurídica certamente sabe que não existe crime e dos riscos de uma falsa acusação. De qualquer forma é certo que não tive a intenção de ofendê-la, ao contrário, pois estava falando de uma possível ‘vantagem’ da absurda tese dela”, disse o advogado.
Já Felipe Zanchet, optou por se desculpar pela mensagem, no mesmo grupo do WhatsApp e também com a ministra.
“Retrato-me do que ali dito. Neste momento, com mais serenidade de pensamento, compreendo que as palavras de baixo calão ali expostas excederam a crítica política e são deselegantes para qualquer mulher, mais em se tratando de uma ministra de Estado, advogada e líder religiosa”, se desculpou Zanchet.