A poucos dias do retorno das aulas da rede estadual de ensino, professores e servidores da área da educação podem entrar em greve. Ao menos esta é a posição de Jhay Lopes, diretora do Sindicatos dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), caso a PEC 159 que altera regras da aposentadoria da classe seja aprovada em votação programada para às 19h desta sexta-feira (31).
“O indicativo é de greve, precisa realmente paralisar, para chamar a atenção da sociedade”, disse a líder sindical ao BNews, durante ato na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).
De acordo com Jhay, há um “indicativo” de paralisação caso o governador Rui Costa (PT) não “se sensibilize” com a causa e decida por retirar ou adiar a votação, para dialogar com a classe. Para a diretora da APLB, o envio da reforma às vésperas do fim do ano passado foi uma “arbitrariedade”, e o valor de R$ 50 mil pago aos parlamentares pelo voto durante recesso é “indigno”.
“O que o governador fez foi uma arbitrarierdade, no calar da noite, essa reforma aí. E os R$ 50 mil é indigno […] A gente espera que ele se sensibilize e retire a votação”, defende.
Jhay alega que os principais afetados com a medida serão as mulheres docentes, que vão ter aumentado o tempo de contribuição e também de idade mínima para aposentadoria.
A sindicalista lembrou também que o assunto ainda vai chegar aos servidores municipais, já que o texto da reforma previdenciária deve ser enviado à Câmara Municipal de Salvador (CMS) após o Carnaval.