Em nota enviada ao PNB, os Conselhos Municipais de Defesa dos Direitos da Pessoa LGBT+ (CMLGBT+), da Promoção da Igualdade Racial (COMPIR), de Juventude (COMJUV), de Direitos Humanos de Juazeiro Bahia, e o Movimento Antirracistas do Vale (MAV), repudiaram, veementemente, o homicídio do jovem Alex Junior da Silva Dias Carvalho, de 22 anos. O crime aconteceu na madrugada do domingo (02), no bairro Tabuleiro, em Juazeiro-BA.
Os conselhos e o MAV consideram que Alex foi vítima de LGBTfobiabe solicitaram que autoridades competentes apurem, identifiquem e punam os culpados.
Veja a nota na íntegra:
NOTA DE REPÚDIO
Os Conselhos Municipais de Defesa dos Direitos da Pessoa LGBT+ (CMLGBT+),
da Promoção da Igualdade Racial (COMPIR), de Juventude (COMJUV), de
Direitos Humanos de Juazeiro Bahia, e o Movimento Antirracistas do Vale (MAV),
vêm a público repudiar, veementemente, o crime de LGBTfobia que resultou na
morte do jovem Alex Junior da Silva Dias Carvalho, de 22 anos, na madrugada
do domingo, 02/02/2020. Solicitamos das autoridades competentes que apurem,
identifiquem e punam os culpados, por esse crime hediondo, que chocou a
comunidade LGBT de Juazeiro-Ba.
Esse crime que revolta pelo requinte de crueldade, praticado contra um jovem
negro, gay e morador da periferia, infelizmente, não se trata de um caso isolado,
e sim, para confirmar o retrato que acarreta as estatística do Brasil, e comprova
que é o país que mais mata LGBT’s no mundo, e que a cada 23 minutos um
jovem negro é exterminado.
O Brasil é um país violento, racista, misógino, LGBTfóbico, e essa situação só
cresce desde a proliferação do discurso de ódio contra os grupos, historicamente
marginalizados, principalmente, após sua disseminação e oficialização pelo atual
presidente da república e seu governo.
Os Conselhos Municipais e o MAV se solidarizam com os familiares e amigos,
que hoje sentiram a dor, o desespero e a revolta em ver o rosto desfigurado, os
ossos quebrados e os sonhos de Alex Junior interrompidos pelo ódio e a
violência.
Os conselhos Municipais e o Movimento Antirracistas do Vale, clamam por
JUSTIÇA, e convocam a sociedade juazeirense para somar-se a luta contra
todas as formas violência. Hoje foi o filho daquela senhora que estava
destroçada, tendo que enterrar seu rebento ainda tão jovem. Amanhã pode ser
sua filha, seu irmão, seu vizinho que a LGBTfobia, o machismo, o racismo, o
preconceito, a intolerância e a discriminação irão eliminar.
Solicitamos que os órgãos competentes não se esqueçam, não encerrem, esse
caso de LGBTfobia, sem a devida punição dos culpados, pois a não punição
desse crime naturaliza a violência à esse seguimento da sociedade, que em sua
maioria vive em vulnerabilidade social, estando mais expostos a situações de
extrema violência.
Os Conselhos Municipais e o Movimento Antirracistas do Vale, se comprometem
a acompanhar o trabalho das autoridades competentes até que esse caso seja
solucionado e os culpados responsabilizados.
Da Redação