14 dias após iniciarem uma paralisação, os vigilantes que prestam serviço às instituições da Bahia voltaram ao trabalho nesta quarta-feira (25). De acordo com o Sindicato dos Empregados de Empresas de Segurança e Vigilância do Estado (Sindivigilantes), a decisão foi tomada por causa do estado de calamidade pública decretado em virtude da pandemia de Covid-19, infecção causada pelo novo coronavírus.
A categoria reivindica aumento de 13% nos salários (sendo 8% correção da inflação de 2018 e 2019 e 5% de ganho real), reajuste do valor do ticket alimentação, de R$ 13 para R$ 23, por dia. Eles argumentam também que sem uma convenção coletiva os profissionais ficam desprotegidos, inseguros e com riscos de vida.
Segundo o sindicato, o estado de greve está mantido e a categoria pode parar novamente quando o estado de calamidade pública for encerrado. O Sindivigilantes informou que fez fiscalização dos equipamento de proteção individual (EPIs) e que faltam máscaras para os profissionais. O sindicato patronal, no entanto, diz que não é necessário o uso das máscaras.
Os vigilantes seguem aguardando o julgamento do dissídio da categoria pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que deveria ter sido na segunda-feira (23), mas foi adiado e não existe prazo para nova marcação.
Funcionamento – Apesar da decisão, o funcionamento dos órgãos segue restrito, em virtude da pandemia. Em Juazeiro, no norte da Bahia, por exemplo, as estão funcionando apenas com o autoatendimento. Um decreto publicado no Diário Oficial na última segunda-feira (23), com medidas preventivas para barrar a disseminação da Covid-19 e do H1N1 em Juazeiro, determinou a suspensão do atendimento presencial nas instituições bancárias. Nas agências e postos deverá funcionar somente o autoatendimento, com controle de acesso e sinalização horizontal indicando a distância mínima de um metro entre cada pessoa, conforme o decreto.
Da Redação