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O governador Rui Costa participou nesta quarta-feira (25) da videoconferência do Fórum Nacional dos Governadores, que reuniu todos os 27 gestores estaduais brasileiros, com o objetivo de discutir e alinhar ações de combate ao novo coronavírus. Os líderes também debateram a postura da presidência da República diante das medidas já adotadas por estados e municípios.
“Nessa reunião se reiterou e se fez um apelo para que o Congresso Nacional também tenha maior destaque e protagonismo, o Senado e a Câmara [dos Deputados], aprovando medidas que garantam esse equilíbrio entre cuidar de vidas humanas, da saúde, estruturar os estados para dar assistência e também cuidar para a manutenção dos empregos e das rendas das pessoas. Consideramos que o papel do Congresso é fundamental neste momento”, declarou o governador da Bahia.
O encontro teve a participação do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, que, de acordo com Rui, se comprometeu a priorizar alguns dos pontos apresentados pelos governadores para que os parlamentares possam votar as propostas o mais rápido possível.
Nesta quinta-feira (26), Rui se reunirá com os prefeitos baianos também por meio de videoconferência. “Nós vamos buscar uniformizar as ações. É a segunda reunião que nós vamos fazer com os prefeitos buscando orientar, coordenar e padronizar as ações. Na primeira, nós tivemos 300 prefeitos participando. Amanhã nós esperamos que todos participem”, afirmou.
Carta
Antes da reunião com todos os gestores, o governador já havia se reunido com os demais governadores do Nordeste para debater e alinhar medidas de combate à pandemia. A reunião também ocorreu por meio de videoconferência, e os gestores nordestinos decidiram que vão continuar adotando medidas baseadas no que afirma a ciência e seguindo orientação de profissionais de saúde capacitados.
Um dos temas abordados na reunião foi a necessidade de o Governo Federal implementar uma ação urgente voltada aos trabalhadores informais e autônomos. Os governadores do Nordeste solicitaram ainda a necessidade urgente de uma coordenação e cooperação nacional para proteger empregos e a sobrevivência dos mais pobres. Também ficou acertado que as ações preventivas serão revistas gradualmente, conforme os registros informados pelos órgãos oficiais de saúde de cada estado.
Os gestores elaboraram uma carta conjunta, onde consideram que este “é um momento de guerra contra uma doença altamente contagiosa e com milhares de vítimas fatais. A decisão prioritária é a de cuidar da vida das pessoas, não esquecendo da responsabilidade de administrar a economia dos estados. É um momento de união, de esquecer diferenças políticas e partidárias. Acirramentos só farão prejudicar a gestão da crise”, diz um trecho.
Sobre o posicionamento da Presidência da República, os representantes estaduais expressaram frustração com o tom agressivo em lugar de exercício do papel de liderança e coalizão em nome do Brasil.
Da Redação