Familiares de uma criança de 9 anos acusam o companheiro da avó da garota de abuso sexual. Em conversa com o PNB, familiares revelaram que os abusos aconteciam há cerca de dois anos, dentro do carro na garagem da residência do suspeito, que mora próximo à família.
Segundo parentes, a mãe da garota tomou conhecimento dos abusos após notar um comportamento estranho da vítima desde que o caso da criança de 10 anos, do Espírito Santo, que engravidou após sofrer abusos, tendo como principal suspeito o tio, passar a ser amplamente divulgado na mídia.
“A mãe da vítima achou estranho porque a criança estava desconfiada e chamou ela para conversar. Aí a garota disse que ele estava fazendo coisas horríveis com ela. A mãe dela então levou ela para o hospital e de lá chamaram a polícia”, contou uma familiar, que revelou ainda que a família nunca desconfiou dos abusos, principalmente porque o suspeito tinha uma boa relação com todos.
O suspeito foi preso na última terça-feira (18) pela Polícia Militar, quando se dirigia ao hospital onde a criança estava sendo atendida. Ele foi encaminhado à delegacia da Polícia Civil onde participou de uma audiência de custódia na manhã de hoje (20). O suspeito agora está preso no Conjunto Penal de Juazeiro à disposição da Justiça.
ATENÇÃO
Converse com a criança sobre as partes íntimas do corpo
As crianças precisam saber nomear corretamente as partes do corpo e identificar o que é íntimo, para assim, poderem relatar aos pais quando algo fora do comum acontecer. Ensine ao seu filho o nome correto de todas as partes do corpo e explique sobre as partes íntimas, ensinando que ninguém poderá tocar nessas regiões e nem vê-las, apenas os pais quando forem dar banho ou trocar de roupa.
Explique sobre os limites do corpo
Ensine a criança a não permitir que ninguém toque as suas partes íntimas, ou ainda, que ela não toque nas partes íntimas de nenhuma pessoa, seja ela conhecida ou desconhecida. Alerte a criança para possíveis artimanhas usadas pelos abusadores, como trocar carícias por doces, apresentar um “cachorrinho” e assim por diante.
Incentive a criança a conversar com você
É preciso que o seu filho se sinta seguro para lhe contar qualquer coisa, inclusive uma situação de abuso. Muitas vezes, os abusadores pedem às crianças para manterem o ocorrido em segredo, seja ameaçando-a ou de maneiras lúdicas.
Saiba com quem seu filho anda e o que ele está fazendo
Muitos dos casos de abuso infantil acontecem quando uma criança passa horas sozinha com um adulto, que pode ser um membro da família ou um conhecido. Por isso, saiba o que seu filho está fazendo mesmo na sua ausência. Se for preciso deixá-lo por horas com um adulto ou um adolescente responsável, tenha meios de vigiá-los por um tempo para saber como é esta relação. O melhor é sempre preferir situações nas quais seu filho integre-se a um grupo, pois isso dificulta a ação de abusadores.
Analise a reação da criança
Muito importante: sempre analise a reação da criança. Se ela demonstra não ter afeição por alguém próximo, que ela teoricamente deveria desenvolver afeto, tente entender o motivo.
Identifique os possíveis sinais de um abuso
Embora não seja fácil notar os sinais físicos de um abuso sexual, é possível que a criança tenha alterações no seu comportamento, como: irritação, ansiedade, dores de cabeça, alterações gastrointestinais frequentes, rebeldia, raiva, introspecção ou depressão, problemas escolares, pesadelos constantes, xixi na cama e presença de comportamentos regressivos (por exemplo, voltar a chupar o dedo). Outro sinal de alerta é quando a criança passa a falar abertamente sobre sexo, de forma não-natural para a sua idade, física e mental.
Se você notar algum desses sinais, tome cuidado com a sua reação, porque ela poderá fazer com que a vítima se sinta ainda mais culpada. O importante é oferecer apoio à criança, escutando o que ela tem a dizer e não duvidando da sua palavra. Busque ajuda e orientação profissional para que o seu filho consiga falar sobre o ocorrido e lidar com o fato.
Claro, busque medidas legais para afastar o abusador. Romper o silêncio é uma forma ativa de lidar com o problema e impedir que ele continue acontecendo.
*com informações da ChildFund Brasil
*foto ilustrativa
Da Redação