Presidente do Conselho Municipal de Cultura de Juazeiro se manifesta sobre atuação do órgão gestor no município

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O Presidente do Conselho Municipal de Cultura de Juazeiro (ator, diretor de teatro e professor), Marcos Velasch, através da Comissão Permanente de Comunicação, se manifestou sobre as críticas feitas ao CMC durante reunião da candidata Suzana Ramos (PSDB) com membros da classe artística.

Nesta quarta-feira (13), a assessoria de comunicação de Suzana Ramos destacou as críticas, em release publicado pelo PNB sobre as atividades da candidata. O presidente do CMC rebateu as críticas e disse que “aquela matéria está em desconformidade com o papel que o Conselho Municipal de Cultura vem exercendo dentro de Juazeiro.”

Confira na íntegra a manifestação do CMC: 

Durante encontro entre representantes da comunidade cultural da cidade de Juazeiro, na Bahia, e a candidata a Prefeita, pelo PSDB, Suzana Ramos, o Conselho Municipal de Cultura foi alvo de críticas. Em release divulgado pela Assessoria de Imprensa da candidata chegou a ser dito que os artistas haviam reivindicado a implantação de um Conselho de Cultura, que oferecesse um plano e um fundo municipal de Cultura, entre outras coisas.

O Presidente do CMC de Juazeiro (Ator, Diretor de Teatro e Professor), Marcos Velasch, afirma que o Conselho Municipal de Cultura existe desde o ano 2001 e é atuante. ” O Conselho tem sido fundamental nas decisões de política cultural do município. E em momento algum se ausentou do debate com o Governo, deixou de debater com a representatividade artística do município. Mas compreendo a insatisfação dos colegas artistas, compreendo os ataques. É natural que se manifestem em algum momento em que não sintam-se apoiados. Mas a gente precisa compreender que estamos debatendo a política cultural do município e é um processo em construção. No entanto, é importante lembrar que o que foi dito naquela matéria está em desconformidade com o papel que o Conselho Municipal de Cultura vem exercendo dentro de Juazeiro.”,disse.

No texto enviado pela Assessoria da candidata a Prefeita, um artista dizia que era necessário desburocratizar a política de editais. Para o Presidente do CMC, o termo usado está equivocado. Ele explicou que o município de Juazeiro tem trabalhado com editais nos últimos anos e que o Conselho tem fiscalizado a Secretaria Municipal de Cultura. “O órgão colegiado tem o papel fundamental de fiscalizar, de deliberar, de fazer o acompanhamento das políticas culturais do município. Há um programa chamado Usinas Culturais, está na segunda edição e agora, graças à Lei Aldir Blanc, terá os recursos ampliados, e é uma conquista muito grande, porque há oito anos nós só tínhamos um edital, que era dos espetáculos sacros. E mais o Edésio Santos, que é assegurado pela Lei.

Recentemente tivemos o Arte Contra a Pandemia, que foi um edital emergencial, criado pra atender, principalmente, os músicos da cidade, aqueles que trabalhavam nos barzinhos, fazendo show de voz e violão, e os artistas de forma ampla. O que acontece é que essa política de democratização dos recursos públicos da cultura, a partir dos editais, é muito nova. As pessoas estão acostumadas a chegar com seus projetos, pedir patrocínio e são contempladas. Quando não eram contempladas, iam para o debate e os ataques começavam. Mas enxergo que essa gestão tem dialogado muito em relação às políticas culturais. Os editais são a prova disso. E quando se fala em desburocratizar, usa um termo equivocado. Não seria facilitar o processo? Porque a burocratização no serviço público é necessária”, afirma Marcos.

Ainda de acordo com Marcos Velasch, é leviano dizer que não existe política cultural no município.

“Dizer que são recentes é um fato, mas dizer que elas não existem é leviano. Mas quero confortar a categoria e dizer que o Conselho Municipal de Cultura em momento algum vai se opor aos artistas, nosso papel é representá-los, atender as demandas. Mas é importante também que a comunidade artística juazeirense participe dos colegiado, passe a debater com presença, sendo mais propositivo. A gente precisa deixar de atacar e construir. Política cultural responsável e forte se dá com a participação dos trabalhadores da cultura, e com conhecimento. Há uma dificuldade das pessoas em estudar, em conhecer leis, em fazer proposições prudentes. A gente convoca as pessoas para estarem conosco nesse debate.”, ressalta Velasch.

Concluindo sua resposta à crítica sofrida, o representante do Conselho Municipal de Cultura afirmou que o município já possui um plano.

“Temos um Plano Municipal de Cultura prestes a ser aprovado. Estamos em uma demora com os trâmites burocráticos, com a adequação da linguagem, porque você sai de uma linguagem construída a partir de uma conferência, dentro das propostas criadas pelos segmentos artísticos, mas essa redação precisa passar pelo processo da redação jurídica, que adequa a mesma à linguagem necessária. Mas estamos cobrando da Procuradoria Municipal. E o fundo existe, já foram realizadas ações para o segmento com esse fundo de Cultura. Peço que a comunidade artística comece a agir mais politicamente, não politiqueiramente. É preciso ser propositivo. Não dá pra eu dizer que uma coisa não presta e não ajudar a construir um modelo melhor”, conclui.

Comissão Permanente de Comunicação – CMC

Da Redação

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