Arquivos diários: 17 de outubro de 2020

Dia do Comerciário: comércios de Juazeiro e Petrolina estarão fechados nesta segunda-feira (19)

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(foto: arquivo)

No dia 19 de outubro, os comércios de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, e Juazeiro, no Norte da Bahia, estarão com as portas fechadas. É que é a data em que comemora-se o Dia do Comerciário.

Oficialmente, esta data foi instituída a partir do decreto de lei nº 12.790, de 14 de março de 2013, e é considerada uma vitória histórica da classe dos comerciantes por melhores condições de trabalho. A data também está prevista na cláusula 47 da Convenção Coletiva de Trabalho 2019/2020.

Segundo a Lei 537/94, este ano a data cairá no dia 19 de outubro. Portanto, de acordo com o Sindilojas de Petrolina, todos os estabelecimentos comerciais do município deverão permanecer fechados. Em Juazeiro, o fechamento foi destacado pelo Sindicato do Comércio (Sindcom).

Da Redação

Governo zera imposto de importação de derivados da soja e do milho, diz jornal

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Construção da Ferrovia Oeste-Leste - Luiz Eduardo Magalhães / Barreiras Na foto: Soja Foto: Alberto Coutinho/AGECOM

A Camex (Câmara de Comércio Exterior) zerou nesta 6ª feira (16.out.2020) o imposto para importação da soja –e seus derivados– e do milho. O colegiado reúne o órgão que tem representantes dos ministérios da Economia, das Relações Exteriores, da Agricultura e da Presidência da República. A informação foi publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo.

O grupo se reuniu nesta 6ª feira (16.out), mas nenhum comunicado oficial foi divulgado depois do encontro. O objetivo da decisão é aumentar a oferta dos produtos no mercado interno para tentar reduzir os preços. O pedido de redução do imposto partiu dos produtores de carne, que usam a soja, por exemplo, como ração.

Em setembro, a Camex decidiu zerar a alíquota do imposto de importação para o arroz. A determinação tem validade até 31 de dezembro, para 400 mil toneladas do grão com casca. O arroz é 1 dos itens da cesta básica que mais encareceram em 2020.

À época, o presidente Jair Bolsonaro pediu mais de uma vez “patriotismo” aos donos de supermercados para conter o aumento de preços. A ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) disse que a distribuição de arroz estava garantida. Ela também declarou que espera, “se Deus quiser“, que o valor do produto caia com a próxima safra.

Em 9 de setembro, a Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor), ligada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, pediu para supermercados e representantes de produtores de alimentos da cesta básica explicarem o aumento no preço dos produtos que compõem a dieta diária dos brasileiros.

A secretaria informou, em nota, que convidou os ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e da Economia para debater medidas para mitigar o “aumento exponencial” nos preços. A Senacon pediu para o Ministério da Economia avaliar alternativas que estimulem a competitividade de produtores e comerciantes.

De acordo com a Abiarroz (Associação Brasileira da Indústria do Arroz), a alta no preço do alimento é resultado do aumento da demanda no mercado internacional depois da decretação de pandemia de covid-19.

A associação afirma que vários países exportadores restringiram a oferta no mercado internacional para evitar o desabastecimento interno. Em outra frente, o dólar alto tornou atraente a exportação da produção brasileira, que nesta safra é menor do que em anos anteriores.

Poder 360

Guedes nega extensão de auxílio emergencial em 2021

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Reduzido recentemente para R$ 300 (R$ 600 para mães solteiras), o auxílio emergencial não será estendido em 2021, disse hoje (16) o ministro da Economia, Paulo Guedes. Ele reiterou que o teto de gastos será mantido após o fim do estado de calamidade aprovado neste ano por causa da pandemia de covid-19.

“Não há qualquer plano para estender o auxílio, nenhum. Isso não é verdade. Essa não é nossa intenção, não é o que o presidente disse. Não é o que o ministro da Economia quer. De jeito nenhum”, afirmou Guedes em evento virtual promovido por uma corretora de investimentos.

Apesar de reafirmar o compromisso com o teto de gastos, o ministro repetiu declarações anteriores segundo as quais o orçamento de guerra poderia ser retomado caso o país seja novamente atingido por uma pandemia em outro ano. Guedes, no entanto, negou que isso signifique estender o estado de calamidade pública indefinidamente.

“Quando a pandemia nos atingiu, nós criamos um regime emergencial. Agora, nós não podemos utilizar a desculpa do regime emergencial para explodir o teto de gastos”, disse.

Novo imposto
Em relação à implementação de um imposto sobre transações, semelhante à antiga Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), Guedes negou ter desistido da ideia. Segundo ele, a criação do tributo, que cobriria uma desoneração parcial da folha de pagamentos, é essencial para a criação de empregos formais. Ontem, o ministro afirmou à emissora CNN Brasil que talvez desistiria do novo tributo.

“Não me importo se o tributo é feio, desde que ele funcione criando novos empregos. É necessário. Mas então eu dei uma informação errada ontem, porque é esse o sentimento”, afirmou. “Eu não sou um homem de desistir facilmente das coisas”.

Recuperação
Sobre o desempenho da economia, o ministro repetiu que o Brasil segue uma recuperação em “V” (forte queda seguida de forte alta), depois da paralisação da economia durante boa parte do primeiro semestre provocada pela pandemia de covid-19. Segundo ele, o período pós-pandemia exigirá compromisso com a responsabilidade fiscal.

“A doença está diminuindo e, à medida que diminui, o Brasil está em recuperação em ‘V’. Nós devemos ter responsabilidade quanto ao nosso orçamento e devemos mostrar que somos responsáveis, e fortes, e resilientes o suficiente para pagar pela nossa guerra, ao invés de rolar [renovar a dívida] para nossas crianças no futuro”, concluiu.

Agência Brasil

Eleições 2020 em Petrolina: candidata a vice do PV desiste da candidatura e anuncia apoio à Miguel Coelho

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(foto: divulgação/PV)

Faltando apenas um mês para as eleições municipais de 2020, o Partido Verde (PV) de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, sofreu mais um desfalque. Solidete Carvalho, que integrava a chapa como vice de Delmiro Santos, retirou seu nome da disputa eleitoral.

Em pronunciamento publicado ontem (16) nas redes sociais, Solidete afirmou que irá apoiar o atual prefeito e candidato a reeleição, Miguel Coelho (MDB). A empreendedora afirmou que entregará sua carta de renúncia ainda neste sábado (17).

Esse é o segundo desfalque sofrido pelo PV. O nome de Solidete havia sido anunciado em substituição a Josimar Bezerra, que desistiu da candidatura no dia 2 de outubro. O partido ainda não se pronunciou sobre quem vai assumir a chapa ao lado de Delmiro Santos.

Da Redação

Após denúncia, Cartório de Juazeiro diz que houve equivoco e marca cerimônia de casamento homoafetivo

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O PNB denunciou na quarta-feira (14), um possível caso de LGBTfobia ocorrido em Juazeiro, no Norte da Bahia. De acordo com o casal, Regina Maria Rodrigues dos Santos, 45 anos, e Josefa Larismar Evangelista, 48 anos, o Cartório da cidade estaria se recusado a realizar a cerimônia de casamento civil delas, alegando  que o Juiz de Paz não celebra uniões homoafetivas por ser pastor evangélico.

O casal acrescentou ainda que a funcionária do órgão também afirmou que o cartório sugeriu que, após os proclamas, elas passassem no local pra pegar a certidão, sem a realização da cerimônia. “Essa é uma situação revoltante, constrangedora. Somos cidadãs, pagamos nossos impostos, cumprimos nossos deveres, e somos constrangidas, humilhadas, quando vamos acessar um direito que é nosso. Está na Lei, não estamos pedindo favor”, desabafou  Regina. (Reveja)

Após ser procurado pelo PNB, o Oficial Titular do cartório, Josué Gustavo Oliveira Viana, afirmou que ocorreu um equívoco quanto a informações prestadas pela escrevente e que já agendou a cerimônia do casamento civil de Regina e Josefa.

Veja a nota na íntegra

“Tendo-se em vista informações veiculadas pela reportagem, publicada em 14/10/2020, no blog “PRETONOBRANCO, pela qual um casal de mulheres teria enfrentando dificuldades para realizar cerimônia civil no município de Juazeiro, no Cartório do 1° Ofício, com endereço na Adolfo Viana, informamos que ocorreu equívoco quanto a informações prestadas pela escrevente.
Ressalte-se que as questões foram resolvidas diretamente com as partes.
Nesse sentido, Regina Maria Rodrigues dos Santos, 45 anos, e Josefa Larismar Evangelista, 48 anos, habilitaram-se em nossa Serventia aos 14/10/2020 e, após transcorrido prazo de publicação dos proclamas, o qual se encerrará aos 29/10/2020, a celebração será realizada em data escolhida pelo casal, por mensagem de texto via aplicativo Whatsapp, aos 12/11/2020, às 17h, no próprio recinto do Cartório.

 

Da Redação

Acidente envolvendo van deixa mortos e feridos na BR-235, próximo às Dunas de Casa Nova

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(foto: reprodução)

Um acidente automobilístico foi registrado na zona rural de Casa Nova, no Norte da Bahia, na manhã desta sábado (17). O fato aconteceu na BR-235, nas proximidades da entrada do balneário das Dunas do Velho Chico.

De acordo com informações da 25ª Companhia Independente da Polícia Militar, o acidente envolveu uma van e um ônibus. Duas pessoas não resistiram aos ferimentos e foram a óbito.

Ainda de acordo com a  25ª CIPM, outras 12 pessoas ficaram feridas e foram socorridas para o hospital de Casa Nova. O estado de saúde das vítimas não foi divulgado.

Duas pessoas que estão em estado grave foram levadas para o Hospital Universitário de Petrolina, no Sertão de Pernambuco. Ainda não se sabe quantos passageiros estavam sendo transportados nos veículos envolvidos no acidente.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado para prestar socorro às vítimas. O Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar também esteve no local.

Atualizada às 13h30 para acréscimo de informações.

Da Redação

Covid-19: Petrolina tem 26,82% dos leitos públicos de UTI e 10,4% dos intermediários ocupados

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No boletim de ontem (15), onde informou a confirmação de 87 novos casos da covid-19, somando 6.284 casos e 98 mortes pela doença, a Secretaria de Saúde de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, trouxe os números atualizados de ocupação dos leitos.

O governo do estado fechou os 20 leitos de UTI da UPAE de Petrolina, reduzindo para 41 as unidades de terapia intensiva da rede SUS no município. Com isso, a taxa de ocupação geral dos leitos de UTI da rede pública é de 26,82%. Dos 41 leitos disponíveis, 11 estão ocupados, sendo 7 pacientes de Petrolina e 4 de outras cidades da região. Já 10,4% – 22 dos 212 – dos leitos intermediários públicos estão ocupados: 16 são pacientes de Petrolina e 6 de outras cidades.

Leitos de UTI

No que se refere aos internamentos nas UTI’s em leitos públicos, os dados mostram que no Hospital Universitário, que possui 20 leitos exclusivos abertos pela prefeitura, 1 paciente de Petrolina (confirmado), 1 de Lagoa Grande-PE (confirmado), 1 de Ponto Novo-BA (descartado) e um de Sento Sé-BA (em investigação) estão internados. No Hospital Memorial, 3 dos 5 leitos estão ocupados por pacientes de Petrolina (confirmados). Os 5 leitos municipais no Memorial estão desocupados.No Neurocardio, 4 dos 5 leitos públicos estão ocupados por 3 pacientes de Petrolina (confirmados) e 1 de Campo Formoso-BA (descartado). Os seis leitos inaugurados pela gestão municipal exclusivos para pacientes da cidade no Neurocardio continuam desocupados. O Hospital Regional de Juazeiro tem 2 pacientes de Petrolina (confirmados). O Hospital Promatre não tem internamentos.No que se refere aos leitos da rede privada, a prefeitura divulgou que na unidade da UNIMED, 3 pacientes de Petrolina (1 confirmado e 2 em investigação) estão internados. O Neurocárdio terminou o dia de ontem com 1 paciente de Lagoa Grande-PE (confirmado), 2 de Juazeiro (em investigação) e 1 de Sobradinho-BA (em investigação) internados.

Hospital Geral e Urgência (HGU) tem 1 paciente de Petrolina (confirmado) e 1 de Juazeiro (confirmado) internados. Já o Hospital Memorial e o Hospital Promatre não têm internações.

Leitos intermediários

Sobre os leitos públicos intermediários, segundo a secretaria, até ontem (16), no Hospital de Campanha Monte Carmelo, que possui 100 leitos, 4 pacientes de Petrolina (2 confirmados e 2 em investigação) estão internados. O HC do Estado tem 6 pacientes de Petrolina (1 confirmado, 4 em investigação e 1 descartado) internados, além de 2 de Juazeiro (confirmados).

Na UPA 24H, 3 pacientes de Petrolina (em investigação) e 1 de Juazeiro (descartado) estão internados. Já no Hospital Dom Malan, nos leitos infantis, 3 estão ocupados por 2 paciente de Petrolina (1 confirmado e 1 em investigação). Nos leitos mulher, 1 paciente de Casa Nova-BA (em investigação) e 1 de Juazeiro (em investigação) estão internadas.

Hospital Regional de Juazeiro possui 2 pacientes de Petrolina (1 confirmado e 1 em investigação). O HU-UNIVASF tem 1 paciente de Petrolina (em investigação) internado, e o Hospital Promatre não tem internações.

Na rede privada, segundo a secretaria, a situação é a seguinte:

Hospital Geral e Urgência (HGU)
– 1 paciente de Petrolina (confirmado);
– 1 paciente de Juazeiro (confirmado);
– 1 paciente de Pilar-BA (descartado);

UNIMED
– 5 pacientes de Petrolina (1 confirmado e 4 em investigação);
– 1 paciente de Juazeiro (em investigação);

Neurocardio
– sem internamentos;

Hospital Memorial
– sem internamentos;

*imagem ilustrativa

Da Redação

Casos de covid-19 devem permanecer altos no verão, segundo Fiocruz

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Um profissional de saúde realiza um teste finalizado em um local de testes de coronavírus fora dos Serviços Comunitários de Saúde Internacionais no Distrito Internacional de Chinatown durante o surto de doença por coronavírus (COVID-19) em Seattle, Washington, EUA, em 26 de março de 2020. REUTERS / Lindsey Wasson
(Foto reprodução-internet)

 

 

O número de mortes por Covid-19 pode permanecer alto nos próximos meses, caso o cenário atual permaneça, de acordo com a edição especial do Boletim Observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgada hoje (16). O estudo mostra que apesar da leve tendência de queda desde setembro, o país ainda está em patamar elevado de casos e óbitos.

O Boletim mostra que a curva da evolução de casos e óbitos por covid-19 no Brasil apresentou, desde o início da pandemia, um padrão diferente de outros países. Enquanto em países europeus, por exemplo, o número de casos subiu rapidamente e, após atingir um pico, caiu vertiginosamente – agora, a região passa por uma segunda onda de contaminação – no Brasil, a subida foi mais lenta e a descida também está sendo, de acordo com o vice-diretor do Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict), da Fiocruz, Christovam Barcellos.

“O que não significa que estamos livres da pandemia, ela tende a diminuir em direção ao verão, mas ainda com número muito alto”, diz Barcellos. “A Europa está começando a viver o inverno. Nós vamos começar a viver o verão, com números caindo, o que significa talvez que a transmissão da covid-19 terá um pouco tendência sazonal: vai ser mais intensa no inverno, como todas as gripes, e menos intensa no verão”, diz, segundo a Agência Brasil.

De acordo com os últimos dados do Ministério da Saúde, o Brasil registrava, até ontem (15), mais de 5,1 milhões de casos confirmados e 152 mil mortes por covid-19. “A permanência da pandemia nos próximos meses pode acrescentar algumas dezenas de milhares de novos óbitos no país”, diz o Boletim da Fiocruz.

Barcellos ressalta que ainda não é possível descuidar das medidas de combate ao vírus. “Muita gente tem que sair de casa, seja para trabalhar, fazer compras, encontrar amigos. Devem, de qualquer maneira, evitar aglomerações. Estudos têm mostrado que situações que têm muita transmissão são lugares fechados, pessoas muito próximas, sem máscara”, diz.

O sistema de saúde também deve seguir alerta. “Tem que manter alguns leitos disponíveis nos hospitais e reforçar o que chamamos de atenção primária de saúde, reforçar a estratégia de saúde da família, clínica da família e vigilância em saúde, fazendo testes, identificando as pessoas com os sintomas iniciais”, acrescenta.

O estudo destaca a necessidade do fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) e diz que a avaliação da capacidade instalada no país para atender pacientes graves de covid-19 revelou as grandes desigualdades entre as regiões e a forte concentração de recursos voltados para o setor de saúde suplementar em áreas específicas.

De acordo com Barcellos, os cuidados não poderão ser abandonados nem mesmo quando houver uma vacina. “Existem diversas doenças circulando que têm vacina. Sarampo tem vacina, mas infelizmente tem surto localizado de sarampo, ou porque as pessoas não vacinaram ou porque vacina não funcionou 100%. Quase nenhuma vacina funciona 100%, toma e nunca mais vai adoecer, isso não existe em quase nenhuma vacina”, diz.

A vacina contra a covid-19, segundo a publicação, deve ser considerada uma estratégia adicional e não ser entendida como única solução para o enfrentamento da pandemia. É importante ainda o acesso universal à ela.

O boletim mostra que a maioria das vítimas da covid-19 são os idosos, que representam 53,1% do total de casos e 75,2% dos óbitos até o início deste mês, de acordo com dados do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

O impacto da pandemia nas favelas é mais acentuado que em outras localidades. Os bairros com alta e altíssima concentração de favelas apresentam maior letalidade, 19,47%, o dobro em relação aos bairros considerados sem favelas, onde a letalidade do vírus é 9,23%.

Os dados mostram ainda que negros morrem mais que brancos, eles representam 48,2% das mortes por covid-19, enquanto os brancos representam 31,12%.

Os povos indígenas são, de acordo com o boletim, particularmente vulneráveis à covid-19 e às suas graves consequências, devido a fatores históricos e socioeconômicos. A taxa da mortalidade entre indígenas, dependendo da faixa etária, chega a ser até 150% maior do que a de não indígenas.

Segundo dados disponibilizados pela Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) as taxas de mortalidade por covid-19 são progressivamente mais elevadas a partir dos 50 anos nos indígenas, em comparação à população geral. “Tal evidência alerta para os trágicos impactos socioculturais da pandemia, visto que os indivíduos de mais idade são os guardiões dos conhecimentos tradicionais, línguas e da memória das lutas históricas desses povos”, diz o estudo.

A edição especial do Boletim Observatório Covid-19 Fiocruz, disponível na internet, traz uma análise dos mais de seis meses da pandemia. O estudo, que foi realizado por uma equipe multidisciplinar de pesquisadores da Fiocruz, abrange os principais aspectos relacionados à covid-19, sejam esses sociais, econômicos, estruturais ou epidemiológicos.

Bahia Notícias