Na manhã desta terça-feira (22), um grupo de indígenas que protestava no Congresso Nacional foi atacado pela polícia, com gás lacrimogêneo. Os manifestantes protestavam contra o PL 490, projeto que pode facilitar a desapropriação de terras indígenas, que já foram demarcadas, que deve ser votado na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados (CCJC).
“Hoje, mais uma vez, os povos indígenas pedem aos deputados e deputadas que rejeitem a proposta que desfigura seus direitos constitucionais. Ainda dá tempo dos parlamentares da CCJC reverem suas posições e dizerem não ao PL 490”, afirmou a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib).
O líder da oposição na Casa, Alessandro Molon (PSB-RJ), afirmou que está acompanhando o ataque aos manifestantes. O deputado Jorge Solla (PT-BA) questionou a diferença do tratamento dado aos representantes do agronegócio e aos indígenas.
“No Congresso, o agronegócio é recebido com cafezinho, tem seus interesses todos atendidos, suas multas perdoadas, sua grilagem regularizada, crimes anistiados. Já os índios, massacrados em seus territórios, quando vão a Brasília pedir socorro são recebidos e tiro, porrada e bomba”, declarou o petista.
🚨 #ALERTAINDÍGENA! Policias atacam de forma truculenta, com bombas de gás, famílias indígenas que se manifestam de forma pacífica na frente do Congresso pelo #PL490Não!#LevantePelaTerra pic.twitter.com/BBwolmppFO
— socioambiental (@socioambiental) June 22, 2021
Da Redação