Além de enfrentar os desafios que os cuidados com uma filha que sofre de paralisia cerebral demandam diariamente, a moradora de Juazeiro, no Norte da Bahia, Cláudia Barbosa, também vem lutando para ter acesso aos insumos que a jovem Laysla Barbosa, de 18 anos, necessita.
Desde 2014, através de ordem judicial, a família vinha recebendo da Secretaria Municipal de Saúde, medicamentos e fraldas descartáveis para a jovem. Porém, de acordo com Cláudia, com o início da nova gestão, a situação mudou.
“Este ano, depois que entrou a nova gestão, a situação que já era difícil, ficou pior. A Secretaria de Saúde está atrasando a entrega das fraldas e dos medicamentos das crianças. Desde maio eu não recebia as fraldas da minha filha e só consegui pegar na semana passada. Mesmo assim, não me deram a fralda que está especificada na medida judicial, deram uma com um material muito ruim, que não segura nem a urina. Além disso, só me deram fraldas para trinta dias, mas o correto seria que me dessem também as do mês que fiquei sem receber”, declarou.
Ainda de acordo com Cláudia, também estão ocorrendo atrasos na entrega dos medicamentos controlados usados de forma contínua pela jovem.
“Ela usa três medicamentos controlados. A última vez que peguei todos, na quantidade correta foi no dia 30/05 e tenho todos os recibos para comprovar isso. Agora estão fornecendo de retalho. Peguei dois em quantidades inferiores e o outro ainda não recebi. Estou aqui sem a medicação da criança em casa com o risco de uma crise convulsiva. Já liguei para a Secretaria de Saúde de Juazeiro e me disseram que estão sem receber as medicações e que não tem previsão para a chegada. Isso é um absurdo. Falei que levaria o caso a público, pois estou em busca dos direitos de minha filha. Só sabe quem passa”, relatou.
Cláudia, que atualmente mora de aluguel, disse ainda que por conta do problema, terá que apelar para uma rifa, assim conseguir comprar a medicação e as fraldas da filha.
“Eu gostaria que a Prefeita Suzana abrisse os olhos e nos ajudasse. Ela é mãe, e nós colocamos ela lá não foi para acontecer isso. Deixar faltar medicação de uso contínuo? Medicação controlada não espera, prefeita Suzana. Se fosse a senhora que tomasse, a senhora ia esperar?”, questionou.
O PNB encaminhou a reclamação para a Secretaria de Saúde do município. Até o momento não obtivemos respostas.
Da Redação