Quebra de sigilo da ex-mulher de Bolsonaro pode detalhar compras de imóveis durante casamento

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A Justiça autorizou a quebra de sigilo bancário e fiscal da ex-mulher de Jair Bolsonaro, Ana Cristina Siqueira Valle, suspeita de comandar esquema de “rachadinha” no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). A ordem atinge os anos finais de casamento do atual presidente com a mãe de Jair Renan.

O Ministério Público (MP-RJ) vai acessar os dados referentes ao período de maio de 2005 a maio de 2021. Até 2018, Bolsonaro e Ana foram casados. O divórcio foi litigioso e com troca de acusações e furto do cofre que guardava um alto valor em espécie.

Nos três anos abrangidos pela autorização, o casal comprou cinco terrenos, uma sala comercial e uma casa, todos eles no Rio de Janeiro.

Duas destas transações foram realizadas com dinheiro vivo, método usado regularmente nos crimes de lavagem de dinheiro e “modus operandi” da família Bolsonaro, que alcança o outro filho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro, também acusado de “rachadinha” em seu gabinete ne Alerj e de crime de lavagem de dinheiro.

O MP suspeita que Ana fosse a operadora financeira do esquema criminoso no gabinete de Carlos na Câmara Municipal, onde foi nomeada como chefe da pasta entre 2001 e 2008, junto a outros sete parentes que também ganharam um cargo.

Atualmente, Ana é assessora parlamentar da deputada federal Celina Leão (PP-DF).

Outras nove pessoas ligadas à segunda esposa do presidente também foram alvos da quebra de sigilo bancário e fiscal, além dos sete parentes, uma sócia e a sua filha.

Ela ainda é alvo da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid pela relação com o lobista Marconny Albernaz de Freire, que teria atuado pela Precisa Medicamentos no intermédio da compra de vacinas contra a Covid-19 pelo Ministério da Saúde. Mensagens trocadas entre os dois sugerem indicações para cargos no governo.

 

Bocão News

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