Empregada doméstica, do interior da Bahia, é resgatada após viver décadas em condições análogas à escravidão

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No último dia 22 de junho, uma empregada doméstica que passou 43 anos vivendo sob condições análogas a escravidão, foi resgatada em Recife, capital de Pernambuco, por operação do MPT- Ministério Público do Trabalho.

Segundo a instituição, a mulher executou tarefas em uma casa, sem carteira assinada, folgas, férias ou qualquer direito trabalhista. Ela realizava todas as tarefas da casa, e ainda atuava como babá.

“Ela foi retirada de casa em 1979, no interior da Bahia, e veio para Pernambuco para trabalhar na casa dessa família. Quando descobrimos o caso, deixamos claro que não existe essa história de ser quase da família. Se existia algum tipo de ligação afetiva, ela não deveria ter ficado tanto tempo nessas condições. Ela passou boa parte do tempo na dependência de empregada da casa. Depois, chegou a se mudar para um quarto. Ela não tinha sinais de maus-tratos e até podia sair de casa. O problema é que ela não tinha vida fora daquela família e não sabia bem qual era a condição dela”, comentou Leonardo Osório

Durante a investigação, o MPT descobriu que ela foi entregue à família pelo próprio pai. De acordo com o G1, ela está morando com uma irmã, aos 54 anos, e irá receber R$ 250 mil.

A MPT de Pernambuco entrou em contato com a família e foi acertado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) e será pago à doméstica o valor que ela trabalhou desde 1979.

“Ela já recebeu R$ 80 mil e vai, até o fim deste ano, ganhar mais duas parcelas de R$ 10 mil. Depois, serão 60 vezes de R$ 2,5 mil”, explicou o procurador do Trabalho.

O resgate ocorreu após o MPT receber denúncias anônimas sobre a situação da trabalhadora.

Redação PNB

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