Arquivos diários: 14 de julho de 2022

Cadastro Único: mais de 39 mil atendimentos foram realizados em Petrolina no 1º semestre de 2022

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A Prefeitura de Petrolina, através da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (SEDESDH), sempre atenta às demandas da população, vem ampliando a cada mês os atendimentos do Cadastro Único (CadÚnico).

No 1º semestre deste ano foram realizados 39.699 atendimentos. O equipamento público, que funciona de segunda a sexta, das 7h às 17h, realiza serviços como inclusão e atualização do CadÚnico, cadastro do Número de Identificação Social (NIS), demandas do Auxílio Brasil (antigo Bolsa Família), tarifa social, entre outros.

De acordo com a Secretária Executiva de Políticas Públicas da Assistência Social, Francinete Nery, uma parte desses atendimentos, 17.261, foram realizados nos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e nas Casas de Cidadania. “Ampliar o acesso dos petrolinenses aos benefícios sociais faz parte do compromisso do prefeito Simão Durando, que nos deu a missão de melhorar nossos serviços de forma quantitativa e qualitativa”, afirma.

Serviço: O agendamento do Cadastro Único pode ser feito através do site: http://agendasocial.petrolina.pe.gov.br/ ou pelo telefone (87) 3863-6871.

Para informações sobre Auxílio Brasil os beneficiários devem procurar os canais de atendimento do Governo Federal 111 ou 121, ou o canal da Caixa Econômica: 0800 7260207.

Ascom/PMP

Reunião promovida pela UPB reforça a força da mulher na política

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Gestoras que são exemplos da representatividade e força da mulher na política participaram nesta quarta-feira (13) da Reunião de Prefeitas e Vice-Prefeitas da Bahia. O evento, que fará parte do calendário anual da União dos Municípios da Bahia (UPB), aconteceu na sede da entidade em Salvador, e contou com a presença de mais de 100 mulheres.

As gestoras foram unânimes em classificar a iniciativa da UPB como um fato marcante na entidade, que se compromete a contribuir com a luta pela igualdade de gênero e pela ampliação da presença das mulheres na política. Dos 417 municípios baianos, 25% das gestões têm presença feminina, sendo 53 prefeitas e 59 vice-prefeitas.

O presidente da UPB, Zé Cocá, reforçou por meio de mensagem em vídeo que política é lugar de mulher e que é papel da instituição estimular e apoiar as gestões administradas por elas. “Esse encontro marca a força da mulher na política. É extremamente importante a união de vocês para que a gente debata política pública com representatividade”, ressaltou.

Em seu quinto mandato eletivo, a prefeita de Mucugê, Ana Medrado, ressaltou que as mulheres precisam ocupar mais cargos públicos, para assim promover mudanças na sociedade. Ao apresentar junto com o SENAC Bahia o painel “Fomento ao Empreendedorismo Feminino e seus Benefícios para os Municípios”, Ana Medrado falou da experiência de Mucugê e estimulou as colegas a criar políticas públicas de capacitação de mão de obra e estímulo ao turismo para fortalecer os negócios comandados por mulheres. “Esse encontro é muito importante para que tenhamos o nosso momento de troca, para analisarmos e conversarmos sobre nossas dificuldades e também dividir boas experiências aplicadas nos municípios, sabendo que podemos contar umas com outras”, pontuou.

As prefeitas de Cachoeira, Eliana Gonzaga, e a de Nilo Peçanha, Jaqueline Soares, compartilharam da ideia de que é uma luta diária e permanente ser mulher e ocupar espaços de poder.

“O mais difícil não é vencer uma eleição, o difícil é se manter no cargo em uma sociedade machista que tenta o tempo inteiro nos desqualificar”, pontuou a prefeita de Cachoeira, primeira mulher e negra eleita para o cargo.  “Precisamos mudar essa realidade e eu acredito que nós juntas continuaremos buscando realmente o nosso papel na sociedade. As mulheres precisam protagonizar suas vidas”, afirmou Jaqueline. A prefeita de Nilo Peçanha, que também é enfermeira, usou sua fala para repudiar o caso recente envolvendo um anestesista que estuprava mulheres na sala de cirurgia durante o parto. “É inaceitável que a mulher seja violada até em um momento tão sublime de dar a luz a uma vida”.

Política é lugar de mulher

Presente ao evento, a vice-prefeita de Salvador, Ana Paula Matos, criticou o baixo número de mulheres à frente das administrações municipais. “Somos apenas 12% de mulheres prefeitas e se somadas às vice-prefeitas estamos em apenas 25% das gestões municipais na Bahia. Esses dados mostram o quanto é importante a mulher participar mais da política, é fundamental. Nós estudamos, nos preparamos, nós temos capacidade, somos nós quem representamos a maioria na sociedade. Como podemos ser maioria na população e estarmos com essa representatividade tão baixa?”, disse.

Também presente na reunião, a vice-prefeita de Nova Canaã, Eliana Matos, afirmou que é preciso que as mulheres se fortaleçam e criem laços de amizades para apoiar uma a outra. “Sabemos que ocupar cargos políticos sendo mulher é muito complicado. Mas creio que juntas vamos mudar essa realidade”, declarou.

O evento contou ainda com dois painéis, o primeiro debateu a Força da Mulher na Política e o segundo painel, realizado em parceria com o SENAC, abordou o “Fomento ao Empreendedorismo Feminino e seus Benefícios para os Municípios”, que teve o objetivo de mostrar a importância em capacitar a população e incentivar o empreendedorismo feminino, como forma de prover o crescimento e desenvolvimento econômico de todo o município.

Painel “A Força da Mulher na Política”

Com a reflexão sobre porque mulheres são necessárias na política, a escritora Cláudia Faria Barbosa iniciou o primeiro painel destacando que o grande desafio do século XXI é superar a desigualdade de gênero. “Precisamos enfrentar esse mundo que ainda é dos homens. A matriz da cidadania deixou de falar das mulheres. Vamos refletir sobre a responsabilidade de cada uma de vocês, mesmo as que não são eleitas, mas são políticas nas secretarias municipais, no trabalho ou em casa. Na política temos que ser do jeito que podemos, desde que com respeito e intenção de melhorar a vida das pessoas. Demoramos para descobrir, mas é a diversidade que move o mundo”, afirmou ela que é também autora do livro “As mulheres na política local: entre as esferas pública e privada”.

 

Ascom UPB

Abertas inscrições para aulas de capoeira dirigidas ao público infantil ministradas pelo Programa de Educação Tutorial em Educação Física da Univasf

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Event participants pose for a portrait before Red Bull Paranaue at Salvador, Bahia, Brazil on 27 December, 2016.

O Projeto Capoeira Infantil, promovido pelo Programa de Educação Tutorial em Educação Física (PET-Educação Física) da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) vai disponibilizar aulas de capoeira para crianças de 3 a 11 anos de Petrolina (PE) e Juazeiro (BA).

As aulas acontecerão na sala 3 anexa ao Ginásio de Esportes do Curso de Educação Física, no Campus Sede, em Petrolina (PE). Serão disponibilizadas 30 vagas para 4 turmas, sendo duas turmas com aulas nas segundas e quartas pela tarde, e duas turmas às terças e quintas pela manhã.

As inscrições, gratuitas, já estão abertas e poderão ser realizadas pelo formulário on-line até atingir o número máximo de vagas.

As aulas serão ministradas pelos monitores capoeiristas estudantes do curso de Educação Física, que são integrantes do PET, sob a supervisão do coordenador do projeto Sergio Moreira, professor do Colegiado de Educação Física e da Escola ABADÁ-Capoeira.

Os pais e responsáveis pelas crianças inscritas devem ingressar no grupo de WhatsApp pelo link disponibilizado no formulário.

Mais informações sobre o projeto, pelo e-mail sergio.moreira@univasf.edu.br.

Redação PNB/imagem ilustrativa

Ministro considera essenciais três sugestões de militares para eleição

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Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC) promove audiência pública interativa para debater as recomendações dadas pelo Ministério da Defesa ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para o aprimoramento do processo eleitoral. Mesa: representante do Ministério da Defesa, coronel Marcelo Nogueira de Souza - em pronunciamento; ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira; presidente eventual da CTFC, senador Eduardo Girão (Podemos-CE). Foto: Roque de Sá/Agência Senado

O Ministro da Defesa, general Paulo Sergio Nogueira, afirmou que militares consideram “essenciais” três das 15 propostas que as Forças Armadas já apresentaram à Comissão de Transparência das Eleições, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

“Há três propostas que consideramos importantes e que, se acolhidas – e ainda há tempo para acolhê-las [para as eleições deste ano] – resolveriam muita coisa”, declarou Nogueira ao participar, hoje (14), de uma audiência pública realizada pela Comissão de Fiscalização e Controle do Senado.

As sugestões apresentadas a pretexto de “aprimorar o processo eleitoral” pedem que o teste de integridade a que as urnas eletrônicas são submetidas reproduzam as mesmas condições do dia da votação, incluindo o uso da identificação biométrica de eleitores. “Isto reduziria a possibilidade de um código malicioso [malware] furtar-se ao teste”, justificou Nogueira.

Os militares também propõem que urnas eletrônicas que a Justiça Eleitoral adquiriu a partir de 2020 sejam submetidos ao Teste Público de Segurança. De acordo com o ministro, a estimativa é que cerca de 39% dos equipamentos que serão empregados nas eleições deste ano estejam entre elas.

“Salvo melhor juízo, não foi feito teste público de segurança nestas [novas] urnas. A justificativa do tribunal é que essas são urnas altamente tecnológicas, com sistema criptográfico de altíssima geração e que não haveria necessidade do teste”, disse Nogueira, acrescentando que a medida reduziria eventuais dúvidas quanto à integridade dos equipamentos.

Também classificada por Nogueira como uma “consideração”, a terceira das propostas é para que o TSE torne efetiva a participação das “entidades fiscalizadoras” em todas as oito fases do processo eleitoral.

“São três propostas que entendemos como essenciais e concitamos [estimulamos] para que possamos conversar sobre elas”, incitou o ministro ao afirmar que a adoção das medidas minimizaria “toda a pressão, toda a discussão” técnica e política em torno da segurança do sistema eleitoral. “Apresentamos propostas plausíveis e exequíveis que não tem nada de outro mundo”.

Consultado pela Agência Brasil para que se manifestasse sobre as sugestões, o Tribunal Superior Eleitoral ainda não se pronunciou sobre o assunto. O presidente da Corte, ministro Edson Fachin, foi convidado pela Comissão de Fiscalização e Controle a participar da audiência pública, mas afirmou já ter outros compromissos agendados para a mesma data.

Em maio deste ano, representantes da Polícia Federal, do Ministério Público Federal, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), do Congresso Nacional e do Tribunal de Contas da União (TCU), além de membros das áreas acadêmica e científica que participaram do Teste Público de Segurança assinaram um relatório que aponta que o sistema eleitoral eletrônico é “íntegro e seguro”, mesmo que “apresentando espaços para melhoria nos quesitos relativos à qualidade do projeto e à dependência dos mecanismos de segurança externos”.

Ontem (13), o Tribunal de Contas da União (TCU) tornou público o resultado de uma auditoria que apontou não haver “riscos relevantes à realização das eleições de 2022” no Brasil. A auditoria, contudo, “ainda terá continuidade com a avaliação de requisitos de auditabilidade dos procedimentos estabelecidos pelo TSE”.

Técnico

Convidado a acompanhar o ministro da Defesa ao Senado e fazer uma exposição técnica durante a audiência pública, o coronel Marcelo Nogueira de Souza, do Exército, elogiou as medidas de segurança eletrônica que o TSE vem implementando ao longo dos anos, mas não descartou “algumas ameaças” ao sistema.

“Reconhecemos que houve um avanço incrível na segurança da urna eletrônica e do sistema eletrônico de votação, mas também que estas contribuições foram feitas muito em [função de] uma [possível] ameaça externa”, comentou o coronel, pontuando que as informações que o TSE forneceu aos militares convidados a integrar a Comissão de Transparência das Eleições foram insuficientes para avaliar o real potencial risco de os equipamentos sofrerem com o que ele classificou como “ameaças internas”.

“Em relação a ameaças externas, há sim um grande nível de proteção. A urna não se conecta à internet e não tem outras ligações [em rede]. Já em relação a ameaças internas, não temos disponível, até o momento, a documentação que nos leve a formar uma opinião conclusiva. Mas, enquanto ameaça, como uma vulnerabilidade, é sim possível a inserção de um código malicioso que fique lá, latente, esperando algum tipo de acionamento e que se furte aos testes”, acrescentou Souza.

Para o militar, que é graduado em Engenharia de Telecomunicações e possui mestrado em Engenharia Elétrica, umas das fragilidades do sistema reside no fato de que, segundo o próprio TSE, cerca de 10% das urnas costumam apresentar problemas no dia da eleição e, por isso, precisam ser substituídas. De acordo com Souza, as urnas reservas não passam pelos testes de integridade, mas são colocadas em uso conforme a necessidade.

“É possível que um código malicioso esteja instalado nas urnas reservas”, disse Souza. “Por esta e outras possibilidades de uso de malware por agente interno, propomos uma pequena alteração no que já está estabelecido. Coerente com uma resolução do próprio TSE, que prevê a realização do teste das urnas em condições reais de uso, [sugerimos] que [algumas] urnas sejam escolhidas para que, em vez de serem levadas para a sede dos TREs [Tribunais Regionais Eleitorais], seriam colocadas em paralelo na [própria] sessão eleitoral, onde haveria [seria usada por] eleitores com biometria. O eleitor votaria e seria perguntado se ele gostaria de contribuir para o teste da urna, gerando um fluxo de registro na urna teste similar ao das urnas originais. Após isto, os servidores fariam a votação em cédula de papel que seria conferida com o boletim de urna. A escolha aleatória das urnas [testes] modificaria pequenos procedimentos já estabelecido, mas traria um grau de segurança maior em relação à possível ameaças”, finalizou o coronel.

Agência Brasil

Convocação para audiência pública sobre energias renováveis

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Os organizadores da audiência pública sobre os caminhos e descaminhos das energias renováveis na Bahia, a ser realizada no dia 20 de julho, às 9 horas, no Centro Diocesano de Senhor do Bonfim, encaminharam convite para 11 autarquias, órgãos fiscalizadores e instituições estaduais e federais participarem do evento.

O objetivo é encontrar soluções conjuntas para questões como danos ambientais e violações de direitos fundamentais de comunidades tradicionais e de trabalhadores rurais, criadas a partir de flexibilizações das leis de proteção ambiental e da instalação de megaempreendimentos eólicos, fotovoltaicos, pequenas centrais hidroelétricas e linhas de transmissão.

A participação de representantes do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), Coordenação do Desenvolvimento Agrário (CDA), Ministério Público Estadual e demais órgãos e instituições é extremamente relevante, devido ao agravamento dos problemas fundiários no estado. Embora apresentados como responsáveis por ganhos ambientais e econômicos, os empreendimentos de energia elétrica de fontes renováveis também modifica o modo de vida dos povos originários e tradicionais.

Os organizadores da audiência pública são a Associação de Advogados de Trabalhadores Rurais (AATR), a Comissão Pastoral da Terra (CPT-BA), o Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA), a Universidade de Recursos Naturais e Ciências da Vida de Viena (BOKU), o Projeto ReFuel, a Agência 10envolvimento e o grupo de pesquisa Geografia dos Assentamentos da Área Rural (Geografar).

Ascom/CPT

Anthony Garotinho., ex-governador do Rio de Janeiro, recupera direitos políticos

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Uma liminar assinada pelo presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Humberto Martins, em decisão divulgada nesta quinta-feira (14), restabeleceu os direitos políticos do ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho.

Em 2018, Garotinho teve uma condenação por improbidade administrativa confirmada em segunda instância. Ele foi julgado por participação em um esquema de desvios de recursos da Secretaria de Estado de Saúde entre 2005 e 2006, período em que o estado do Rio era governado por sua mulher, Rosinha Garotinho. Na época, Garotinho era secretário de governo. As irregularidades foram denunciadas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, e o processo correu no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

Com base nessa condenação, o ex-governador foi enquadrado na Lei da Ficha Limpa e impedido de disputar as eleições em 2018. Desde então, recursos vinham sendo apresentados pela defesa de Garotinho, inclusive ao STJ, mas sem sucesso.

No ano passado, foi aprovada a Lei Federal 14.230/2021, que alterou a legislação sobre improbidade administrativa. Entre as mudanças, foram fixadas novas regras de prescrição. O Supremo Tribunal Federal (STF) ainda discute se os casos anteriores à promulgação da Lei 4.230/2021são afetados. O julgamento está marcado para agosto, mas os ministros podem pedir vista, adiando a decisão final.

Diante dessa situação, advogados do ex-governador apresentaram novo recurso ao STJ sustentando que Garotinho seria beneficiado por uma possível retroação das novas regras. Como ainda não há previsão para o STF decidir, a defesa pediu efeito suspensivo, o que viabiliza a candidatura.

A solicitação foi atendida por Humberto Martins, de forma monocrática, que entendeu que se trata de uma situação emergencial, diante do perigo da demora e do risco de irreversibilidade.

Garotinho pretende voltar ao posto que ocupou de 1999 a 2002 e é pré-candidato pela União Brasil às eleições deste ano. As candidaturas deverão ser registradas pelas legendas até o dia 15 de agosto, e o primeiro turno ocorre em 2 de outubro.

Redação PNB, com informações Agência Brasil

Sem unificação, 74 cidades da Bahia podem ficar sem cartórios

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O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) analisa na próxima quarta-feira (20) o projeto de reestruturação que trará impactos em diversos municípios baianos. O processo administrativo de reestruturação dos cartórios extrajudiciais (nº 09272/2021) prevê, dentre várias medidas, a instituição do Ofício Único, em cidades de até 50 mil habitantes.

Um dos pontos de divergência diz respeito aos municípios onde os cartórios são deficitários. Pela proposta aprovada pela Comissão de Reforma do TJBA, esses municípios terão cartórios denominados Ofício Único, onde todos os serviços extrajudiciais poderão ser realizados em um mesmo cartório. O principal argumento a favor da criação do Ofício Único está na manutenção dos atendimentos na mesma cidade.

Em oposição, o modelo anteriormente apresentado pelas Corregedorias do TJBA, denominado Registro de Imóveis Comarcal, implicaria no fechamento de mais de 70 cartórios extrajudiciais. Essas cidades podem perder seus cartórios de Registros de Imóveis e de Registro de Títulos e Documentos que seriam transferidos para outros municípios, fazendo com que a população que precisasse do serviço ou de informações tivesse que se deslocar por dezenas de quilômetros.

É o caso de Mucugê, que teria seu serviço de registro de imóveis instalado em Andaraí, que fica distante cerca de 100 quilômetros. O mesmo acontece com Canudos, com os serviços deslocados para Uauá à distância de 60 quilômetros; Paratinga, onde os usuários precisariam se deslocar 73 quilômetros até Bom Jesus da Lapa e Maraú, onde os atendimentos aconteceriam em Itacaré, distante 40 quilômetros. Outros 60 municípios encontrariam realidades semelhantes.

“Essa dificuldade de atendimento aumentaria as informalidades nas relações negociais do município, pois prolongaria, por exemplo, a “cultura do recibo” existente na maioria das cidades baianas, que consiste no desinteresse da população de regularizar os seus imóveis”, afirma Elisia Valois, presidente da Associação dos Notários e Registradores do Interior da Bahia e Pró-Ofício Único (ANORIBA).

A lei federal nº 8.935/1994, que regulamenta os serviços notariais e de registro, já possibilita que as atividades sejam acumuladas em uma mesma unidade, em razão do volume dos serviços ou da receita. A proposta também está de acordo com a orientação do Conselho Nacional de Justiça (nº 7/2018) que prevê a necessidade de reestruturação para a prestação de serviços de qualidade.

A mudança na legislação do TJ-BA cria as regras para que o Ofício Único passe a funcionar na Bahia, a exemplo do que já acontece em outros estados, como Amazonas, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima e Sergipe, com avaliações bastante positivas sobre o modelo adotado. Ceará, Distrito Federal, Paraná, Pernambuco, Santa Catarina e Tocantins que já possuem a acumulação de todas as em uma mesma unidade dos cartórios.

84% dos cartórios baianos são deficitários

A criação do Ofício Único também é motivada pelo fato de que 80% dos cartórios baianos são deficitários, ou seja, dependem do Fundo Especial de Compensação do Estado da Bahia (FECOM) para manter suas atividades. As 842 unidades deficitárias geram uma complementação de recursos que somam mais de R$ 5 milhões, segundo cálculos de relatório que faz parte do processo de reestruturação.

Com o Ofício Único e a unificação dos atendimentos em um mesmo cartório, apenas 260 cartórios continuam deficitários e a economia pode chegar a quase R$ 3 milhões logo após a implantação. “Ao comparar possíveis propostas de reestruturação, observamos que embora o RI Comarcal apresente evoluções com relação ao sistema atual, a proposta de Ofício Único supera os resultados, tanto em termos de receita líquida, gerando um maior número de serventias superavitárias, quanto a gerar uma redução de custos de aproximadamente R$ 30.522.769,00 para FECOM”, destaca o relatório.

Os opositores ao modelo de Ofício Único alegam que o fim da separação dos serviços abriria “brechas para fraudes” em cartórios do estado. No entanto, a reestruturação não altera as normas de conduta exigidas pelo Tribunal de Justiça (órgão fiscalizador) aos delegatários dos cartórios. Além de concursados para ocupar suas vagas, os delegatários dos cartórios são pessoalmente e civilmente responsáveis, podem sofrer sanções disciplinares e penalidades previstas na Lei dos Cartórios, Lei Federal de nº 8.935/1994.

A expectativa é que além dos ganhos econômicos, exista uma melhoria na qualidade do atendimento, uma vez que muitos cartórios deixarão de ser deficitários. “A adoção do Ofício Único trará uma maior qualidade do serviço oferecido à população, além de desburocratizar o serviço extrajudicial, na medida em que o cidadão poderá resolver todas as questões extrajudiciais em um mesmo local”, explica a presidente da ANORIBA, Elisia Valois.

Bahia BA

Covid-19: Juazeiro registra 700 casos ativos e 100% de leitos de UTI ocupados nesta quinta-feira (14)

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Juazeiro registrou 63 novos casos da Covid-19. A informação está no boletim epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) desta quinta-feira (14). O município não registrou óbito por complicações da doença e permanece com 487 mortes por Covid-19.

De acordo com o levantamento, 26.932 moradores foram infectados desde o início da pandemia na cidade, dos quais 25.745 já estão recuperados. Os casos descartados somam 41.156. Juazeiro tem 700 casos ativos do novo coronavírus.

Testes

Foram realizados desde o início da pandemia 58.839 testes rápidos pela prefeitura e 8.822 RT-PCR pelo Lacen, em Salvador.

Ocupação de leitos

Na rede hospitalar, o percentual de ocupação dos leitos de UTI para Juazeiro na rede PEBA (hospitais de Pernambuco e Bahia) é de 73%, com 12 leitos disponíveis. Somente em Juazeiro, 100% dos leitos de UTI para pacientes com Covid-19 estão ocupados, com 0 leitos disponíveis.

Ascom/Sesau

“Água é um direito, ou não é?”, questiona morador do Angico, zona rural de Juazeiro, que está sem abastecimento dos carros-pipa

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Um morador da comunidade de Angico, Lagoa do Boi, zona rural de Juazeiro, em contato com o Portal Preto No Branco reivindicou o acesso a água, que segundo ele, está faltando na comunidade. Ainda de acordo com o morador, as famílias de Angico vinham sendo abastecidas pelos carros pipa do Exército, mas o fornecimento foi interrompido.

Sem água, os moradores estão passando por muitas dificuldades e tendo que comprar o produto.

“A água na nossa comunidade vem de cisternas e os pipas do Exército não estão botando agua, não sabemos o motivo. A gente está precisando de agua, pois estamos comprando e aqui um pipa sai por 250, 270 reais. Aqui ninguém tem condição de comprar 2,3 carradas de água por mês não. Precisamos que o poder público ajude a gente. Algum problema está existindo, ou a prefeitura não fez o repasse para os pipeiros ou o Exército não está fazendo sua obrigação”, ressaltou.

Ele disse ainda que muitos moradores não têm recursos para comprar a água e a situação está afetando o orçamento das famílias, que já passam por dificuldades financeiras.

“Tem idoso tirando da aposentadoria, e deixando de comprar o remédio pra comprar água. Outras pessoas, tiram da feira e assim, tirando do próprio bolso, está muito difícil para nós moradores. Água é um direito, ou não é?”, questionou o morador.

O morador questionou o SAAE sobre o abastecimento de água na comunidade que é a única na região da Lagoa do Boi, atendida por cisternas, segundo ele.

“As outras localidades ao redor do Angico, todas tem água do SAAE. Só nossa comunidade é que vive de cisternas, e logo aqui que a prefeita teve muitos votos.  A gente precisa é do abastecimento de água pelo SAAE, seja com uma adutora, mas que este problema seja resolvido definitivamente”, reivindicou.

Ele também agradeceu a gestão municipal pelo serviço de patrolamento que vem sendo realizado na estrada que serve a comunidade.

Nós reclamamos através do Preto No Branco sobre a estrada que estava intransitável. A gente estava sofrendo muito com a estrada cheia de buracos. Era difícil pra passar o ônibus escolar, que quebrava, e as crianças ficavam sem ir à escola, e só passava moto. A prefeita se sensibilizou com nosso pedido e está passando a patrol. Tá ficando muito bom”, reconheceu.

Procurada pelo PNB, a Defesa Civil do Município, responsável pela distribuição dos carros-pipa, disse que grande parte dos pipeiros que prestavam serviço ao município de Juazeiro “abandonaram” a operação, devido a alta no preço no óleo diesel. Com isso, dos 21 prestadores do serviço, apenas 13 continuam atuando, o que causou o desabastecimento na zona rural.

“Infelizmente a alta dos combustíveis, trouxe uma série de prejuízo para os nosso distritos, no que se refere ao abastecimento de água através dos pipas. O diesel quase que dobrou de preço e o reajuste nos contratos foi irrisório, levando os pipeiros a abandonarem a operação. Dos 21 pipeiros que tínhamos na operação pipa, restaram apenas 13, trazendo um desabastecimento imenso para a população. O município conta com 5 pipas que já entrega água nas regiões que não eram atendidas pela operação do governo federal e o nosso efetivo não foi aumentado, pois o custo é elevado para a administração municipal, tanto que em todo o país o governo tem esse programa para não asfixiar as prefeituras”, informou o coordenador Ramiro Cordeiro.

Estamos encaminhando também a reivindicação do morador para o SAAE.

Redação PNB